Pense e pense muito rápido

Recentemente, a empresa alemã Bosch divulgou a notícia de que registra em média 16 patentes por dia. Um número considerável e pertinente a uma empresa com 60 anos de mercado e sedes em 150 países. Em 2014, a multinacional solicitou o registro de 4.600 patentes em todo mundo.

Mas você imagina sua empresa com mais de 15 ideias diferentes todo o dia? Se a resposta for sim, é preciso cuidado com o seu projeto. A inscrição da patente dá o direito de utilizar a invenção para fins lucrativos. Ela vale muito mais do que você imagina. No Brasil, os critérios de registro são atividade inventiva - não podendo ser óbvia -, atividade industrial, ser uma novidade inédita e que seja permitido a utilização.

O processo por aqui ainda esbarra no excesso de burocracia, fazendo com que o País ocupe o penúltimo lugar no ranking de patentes válidas. Segundo dados do relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, que analisou 20 países em 2014, só ficamos atrás da Polônia.

Em tempos de crise, como o que vivemos nos últimos meses, a propriedade intelectual e sua garantia possui pouca visibilidade, mas muita necessidade. Estamos em um período em que o empreendedorismo tomou conta da nossa sociedade, e ideias surgem a todo instante. O hobby vira ideia, logo depois surge a oportunidade de ser lucrativo e, quando menos se espera, a garagem pode ser uma pequena empresa.

É preciso cuidar da sua ideia e registrá-la o quanto antes, principalmente nos dias de hoje. Se você não for ágil, alguém pode ter uma ideia melhor do que a sua e tomar posse do direito de usá-la. Patentear sua invenção é proteger o fruto do seu trabalho, da sua inteligência, todo o tempo e dinheiro nele investidos. Com isso, você evita que terceiros utilizem sua criação e lucrem com ela. Por isso, inove, pense, mas pense rápido.