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Opinião

- Publicada em 28 de Janeiro de 2016 às 16:18

O zika infecta, o obscurantismo condena

Dá-se por certo que a infecção de mulheres, no início da gestação, pela picada do mosquito Aedes aegypti, portador do zika vírus, motive o nascimento de bebês com mal-formação craniana (microcefalia) e comprometimento do sistema nervoso central, com sequelas quanto à visão, audição, intelecção, locomoção. Tratamento precoce minimiza, mas não supera as graves insuficiências. Não se, espera em tempos breves, vacina contra o zika vírus e, muito menos, a erradicação no Brasil do Aedes aegypti. Portanto, encontramo-nos atolados em crise sanitária de dramáticas consequências pessoais e sociais, sobretudo para as camadas sociais médias e pobres. Se nossas ditas autoridades não tomarem as medidas necessárias, conheceremos, sem necessidade, toda uma geração de crianças lesionadas.
Dá-se por certo que a infecção de mulheres, no início da gestação, pela picada do mosquito Aedes aegypti, portador do zika vírus, motive o nascimento de bebês com mal-formação craniana (microcefalia) e comprometimento do sistema nervoso central, com sequelas quanto à visão, audição, intelecção, locomoção. Tratamento precoce minimiza, mas não supera as graves insuficiências. Não se, espera em tempos breves, vacina contra o zika vírus e, muito menos, a erradicação no Brasil do Aedes aegypti. Portanto, encontramo-nos atolados em crise sanitária de dramáticas consequências pessoais e sociais, sobretudo para as camadas sociais médias e pobres. Se nossas ditas autoridades não tomarem as medidas necessárias, conheceremos, sem necessidade, toda uma geração de crianças lesionadas.
É terrível o drama de gestantes e familiares à espera de bebês deficientes e de décadas de dificuldades, acrescidas pela insuficiência dos serviços sanitários e educacionais públicos. Talvez tenham sido os gastos estatais esperados com a atenção das crianças atingidas que levaram o atual ministro da Saúde a sugerir sem ruborizar que as mulheres suspendam por tempo indeterminado projetos de gravidez.
O zika vírus não é o maior flagelo a vergastar o Brasil. Em países mais civilizados, mulheres infectadas acorrem ao serviço médico público e interrompem a gestação. Com ato médico seguro, furtam-se ao literal arrasamento parcial de suas vidas e de seus familiares. Espera-se que a gravíssima emergência leve os políticos, moralistas, líderes religiosos etc., que têm mantido o País à margem do direito democrático à interrupção da gravidez, a aceitarem, ao menos, o direito ao aborto terapêutico e humanitário para as gestantes infectadas. Será paradoxo histórico terrível se a primeira presidente do Brasil não abandonar sua atual posição para assumir a liderança dessa iniciativa urgente em prol dos direitos das mulheres brasileiras. O zika vírus infecta, mas é o obscurantismo político que condena nossas gestantes.
Professor universitário/UPF
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