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Opinião

- Publicada em 13 de Janeiro de 2016 às 18:00

Retração na construção civil vai refletir no emprego

O ano de 2015 não foi bom para a indústria da construção civil brasileira, tanto no segmento de moradia e prédios comerciais, quanto no da construção pesada. A crise econômica que atingiu o Brasil refletiu-se diretamente na comercialização de imóveis, diminuindo a demanda e inibindo investimentos já programados. A crise dos governos federal, estaduais e municipais paralisou obras públicas e suspendeu, também, investimentos previstos em rodovias, pontes, barragens, portos, aeroportos, hidrovias, escolas e presídios - a infraestrutura em geral - e ainda atrasou o pagamento de contratos, o que levou as empresas à total paralisação.
O ano de 2015 não foi bom para a indústria da construção civil brasileira, tanto no segmento de moradia e prédios comerciais, quanto no da construção pesada. A crise econômica que atingiu o Brasil refletiu-se diretamente na comercialização de imóveis, diminuindo a demanda e inibindo investimentos já programados. A crise dos governos federal, estaduais e municipais paralisou obras públicas e suspendeu, também, investimentos previstos em rodovias, pontes, barragens, portos, aeroportos, hidrovias, escolas e presídios - a infraestrutura em geral - e ainda atrasou o pagamento de contratos, o que levou as empresas à total paralisação.
Este ano de 2016, segundo os representantes do setor, desde a Câmara da Indústria da Construção até o Sinduscon-RS, passando pela área imobiliária, corretores de imóveis e incorporadoras, não será muito diferente. O processo recessivo da economia brasileira continuará pressionando negativamente todos os segmentos de atuação, incluindo a produção de habitações e a realização de obras públicas e privadas.
O reflexo será muito forte na mão de obra, pois a construção civil é um dos maiores empregadores, particularmente entre os segmentos menos especializados. O Sinduscon-RS, que registrou fechamento de 15 mil postos de trabalho em 2015, somando-se aos 866 perdidos em 2014, acredita que as demissões vão crescer mais no universo atual de 143.475 empregados. No País, em 12 meses, foram fechadas 512 mil vagas.
Este cenário é muito ruim. A indústria da construção civil tem peso considerável na economia brasileira, em geral, e na do Rio Grande do Sul, em especial, onde representa cerca de 5% do PIB, pois a indústria manufatureira vem num processo de queda e demissões de pessoal há vários anos.
A precária situação das finanças públicas, com as conhecidas dificuldades até para pagar os salários do funcionalismo, indica a continuidade da estagnação dos investimentos em infraestrutura, com falta de novas obras que poderiam dar um alento à construção pesada e ao próprio Estado.
A esperança, neste caso, é de que o governo estadual consiga vencer as resistências dos que são contrários às concessões, como as de rodovias. Assim, ganhariam o Estado, os usuários - inclusive o transporte de cargas, um dos mais prejudicados pelo mau estado das estradas - e as empresas construtoras, que teriam trabalho e criariam empregos.
Como disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil-RS, Ricardo Antunes Sessegolo, as empresas precisarão ser criativas para identificar oportunidades inexploradas e tornarem-se mais eficientes a fim de manter suas margens em um ambiente de menor crescimento econômico. Há muitas incertezas sobre a economia brasileira nos próximos anos.
Uma preocupação suplementar são os chamados distratos, o rompimento dos contratos de compra, por parte dos adquirentes de imóveis que ficaram sem condições de continuar pagando as prestações do imóvel contratado. Em 2015, mais de 40% dos imóveis adquiridos das construtoras no País foram devolvidos, com enorme prejuízo para os investidores, pois gastaram com a obra e deixaram de receber o que tinham planejado.
No Rio Grande do Sul, a média de distratos, que era de 11%, subiu para 21%, reflexo do quadro econômico adverso. São necessárias mudanças nos contratos de compra e venda, de forma que nenhuma das partes seja prejudicada. Hoje, a maioria dos casos vai acabar na Justiça, porque não há uma regulamentação específica sobre a devolução de imóveis no Brasil.
 
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