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Saúde

- Publicada em 28 de Janeiro de 2016 às 17:39

Zika pode atingir até 4 milhões na América

 SAO007 - São Paulo, São Paulo, BRASIL: Um pesquisador coleta larvas de Aedes aegypti mosquitos em um laboratório do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em 08 de janeiro de 2016 em São Paulo, Brasil. Pesquisadores do Instituto Pasteur em Dakar, Senegal estão em Brasil para treinar pesquisadores locais para combater a epidemia de vírus Zika. AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

SAO007 - São Paulo, São Paulo, BRASIL: Um pesquisador coleta larvas de Aedes aegypti mosquitos em um laboratório do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em 08 de janeiro de 2016 em São Paulo, Brasil. Pesquisadores do Instituto Pasteur em Dakar, Senegal estão em Brasil para treinar pesquisadores locais para combater a epidemia de vírus Zika. AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um prognóstico alarmante nesta quinta-feira. De acordo com a entidade, o zika vírus poderá atingir de 3 milhões a 4 milhões de pessoas no continente americano em 2016. No Brasil, a estimativa é de que 1,5 milhão de pessoas sejam afetadas. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) crê ainda que o zika pode se espalhar para outros continentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um prognóstico alarmante nesta quinta-feira. De acordo com a entidade, o zika vírus poderá atingir de 3 milhões a 4 milhões de pessoas no continente americano em 2016. No Brasil, a estimativa é de que 1,5 milhão de pessoas sejam afetadas. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) crê ainda que o zika pode se espalhar para outros continentes.
De acordo com o diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, o vírus deve chegar a todos os países onde há a presença do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya. Atualmente, 23 países já confirmaram casos autóctones.
A OMS estuda, inclusive, declará-lo uma ameaça internacional para a saúde pública. A diretora da entidade, Margaret Chan, convocou um comitê de especialistas, que se reunirá na segunda-feira, em Genebra, na Suíça, para tratar do aumento de casos de má-formações em bebês e de doenças neurológicas possivelmente associado à infecção. A epidemia de zika vem sendo comparada à do ebola, detectada na África Ocidental.
A associação entre o vírus e problemas neurológicos "mudou o perfil de risco do zika, de uma leve ameaça a algo de proporções alarmantes", disse Margaret. "Além disso, condições associadas aos padrões de clima impostos pelo El Niño devem aumentar a população de mosquito de forma significativa em diversas áreas", alertou.
A OMS tem sido duramente criticada pela conduta que vem levando com relação ao zika. Cientistas norte-americanos, que acreditam que o zika possui potencial para se tornar uma "pandemia explosiva", publicaram um apelo à Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo que os mesmos erros cometidos durante o combate ao ebola sejam evitados.
Para eles, a doença foi negligenciada por meses pela OMS antes de sair de controle. O temor dos pesquisadores é de que, mesmo que uma vacina esteja pronta em dois anos, a chegada ao mercado leve uma década.

Para combater Aedes, projeto propõe acesso forçado a casas

A votação de um projeto de lei que permite o acesso forçado a imóveis para inspeção de focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika vírus, a dengue e a febre chikungunya, será acelerada na Câmara dos Deputados. De autoria do deputado gaúcho Osmar Terra (PMDB), a matéria deve ir ao plenário já em fevereiro.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, Terra começará a recolher assinaturas de líderes, necessárias para agilizar o projeto. De acordo com o deputado, o único empecilho são três medidas provisórias que trancarão a pauta do plenário assim que a Câmara voltar do recesso.
Ainda assim, ele espera que o projeto possa ser votado em regime de urgência em fevereiro. "Muitos estados ou municípios tentam fazer leis para facilitar o acesso a casas abandonadas, terrenos baldios e outros focos do mosquito, mas é preciso uma lei federal neste momento", argumenta Terra.
A proposta foi apresentada em dezembro e terá tempo recorde de tramitação por causa da epidemia de microcefalia, relacionada ao zika, que já ultrapassa 4 mil casos suspeitos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No mais recente boletim epidemiológico divulgado pela pasta, 270 crianças nasceram com microcefalia por infecção congênita, mas não necessariamente pelo vírus. Outros 3.448 casos ainda estão sendo investigados.