Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 24 de Janeiro de 2016 às 21:40

Comitê da Smam discutirá impacto da emissão de gases

 Secretário Mauro Moura diz que revitalização do arroio Dilúvio é um grande desafio

Secretário Mauro Moura diz que revitalização do arroio Dilúvio é um grande desafio


JOÃO MATTOS/JC
Jessica Gustafson
A prefeitura de Porto Alegre apresentou, neste sábado, no Fórum Social Temático, o primeiro inventário de emissões de gases de efeito estufa de Porto Alegre, que demonstrou a necessidade de repensar a mobilidade urbana da cidade. Para o desenvolvimento de propostas de médio e longo prazo, foi lançado também o Comitê de Mudanças Climáticas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam).
A prefeitura de Porto Alegre apresentou, neste sábado, no Fórum Social Temático, o primeiro inventário de emissões de gases de efeito estufa de Porto Alegre, que demonstrou a necessidade de repensar a mobilidade urbana da cidade. Para o desenvolvimento de propostas de médio e longo prazo, foi lançado também o Comitê de Mudanças Climáticas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam).
De acordo com o titular da Smam, Mauro Moura, o inventário demonstra que o principal problema em relação às emissões é o transporte de resíduos e, depois, o setor automotivo. "Entendemos que é preciso adotar soluções de médio e longo prazo com relação à mobilidade urbana e à destinação de resíduos. O comitê, que será formado pelos setores público e privado, visa discutir essas soluções e a adoção de medidas técnicas e financeiras para que se consiga reverter os problemas", explica.
A intenção, com a criação do grupo, também é buscar parcerias para a implantação das medidas. Após o planejamento das ações, outros setores da sociedade, como universidades, serão chamadas para participar das discussões e dar sua colaboração. Entre as soluções que serão debatidas no comitê está a implantação do metrô na Capital e a captação de recursos com o governo federal.
"O inventário mostrou que 68% das emissões são relativas ao setor de mobilidade urbana, tanto do transporte coletivo quanto dos automóveis. Temos mais de 800 mil veículos particulares na Capital, e isso é mais do que um automóvel para cada dois habitantes. Se olharmos do bairro Tristeza até a zona Norte, não temos quase nenhuma possibilidade de ampliação de vias para os carros. Precisamos apostar no transporte coletivo", ressalta.
A revitalização do arroio Dilúvio também deve entrar na pauta. Moura destaca que esta é uma questão urbanística importante, mas complexa. "A população fala muito da solução encontrada em Seul, na Coreia do Sul, mas aquela medida é ideal para aquele lugar. O nosso sistema hidrográfico não é igual ao de Seul, que permitiu desviar um arroio e colocar água limpa. Toda a remodelação do arroio e da área central da cidade teve um incremento turístico. Aquela solução não é possível ser adotada aqui", diz. Para o secretário, seria um custo muito alto para uma cidade que tem diversos outros problemas para serem resolvidos. "A revitalização do Dilúvio é um desafio", completa.
Um projeto feito por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) indicou que somente o estudo sobre a revitalização do arroio custaria R$ 2 milhões. As obras, em si, chegariam a R$ 500 milhões.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO