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Educação

- Publicada em 20 de Janeiro de 2016 às 22:27

Instituto de Educação ficará 18 meses em obras

Prédio que é patrimônio histórico estadual apresenta graves problemas de infraestrutura

Prédio que é patrimônio histórico estadual apresenta graves problemas de infraestrutura


MARCELO G. RIBEIRO/JC
As obras de restauração integral do Instituto de Educação (IE) General Flores da Cunha, na Capital, começam na próxima semana e têm prazo de conclusão de 18 meses. A ordem de início dos serviços foi assinada ontem, no Palácio Piratini. Previstas para começar em 2014, as intervenções, que serão executadas pela empresa Porto Novo Empreendimentos e Construções, têm custo de R$ 22,5 milhões. Neste ano letivo e em 2017, os mais de 1,5 mil alunos serão atendidos na Escola Felipe de Oliveira e na estrutura onde funcionava a Escola Roque Callage.
As obras de restauração integral do Instituto de Educação (IE) General Flores da Cunha, na Capital, começam na próxima semana e têm prazo de conclusão de 18 meses. A ordem de início dos serviços foi assinada ontem, no Palácio Piratini. Previstas para começar em 2014, as intervenções, que serão executadas pela empresa Porto Novo Empreendimentos e Construções, têm custo de R$ 22,5 milhões. Neste ano letivo e em 2017, os mais de 1,5 mil alunos serão atendidos na Escola Felipe de Oliveira e na estrutura onde funcionava a Escola Roque Callage.
Construído em 1935, o prédio, que é patrimônio histórico estadual, apresenta graves problemas de infraestrutura, como danos no telhado e infiltrações, além de ter sofrido recentes invasões. O projeto, assinado pela 3C Arquitetura e Urbanismo, contempla, além do restauro, o paisagismo, uma reforma nas redes elétrica e hidráulica, iluminação interna e externa, segurança, rede lógica, sonorização e climatização. A qualificação atenderá também às exigências de acessibilidade e prevenção contra incêndio.
Marcos Fraga, vice-diretor do IE, conta que o projeto tem mais de 1,5 mil páginas para sanar todos os problemas existentes. "O telhado será totalmente reformado, as salas de aula serão restauradas, o piso será qualificado. A comunidade escolar, formada por mais de 1,7 mil pessoas entre alunos, professores e funcionários, está muito feliz. Tínhamos uma dúvida, que era se realmente voltaríamos para o prédio ou se ele seria utilizado para outro fim. Mas confirmaram que as obras são para a escola", afirmou.
Sobre a transferência temporária dos alunos para outras instituições, Fraga explica que a ideia inicial de execução das intervenções era que elas iniciassem em todas as frentes de uma vez só. "Fizemos reuniões e ficou acertado que os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio permanecem no prédio sede até a metade do ano, pois a outra escola a que serão levados está passando por reformas, demandado ainda intervenções na parte elétrica e mudança do forro. Já os da Educação Infantil vão em fevereiro para a Felipe de Oliveira, e a obra se iniciará por esta parte e pelo ginásio", explica o vice-diretor.
Para o secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha, esta é uma demanda histórica, que finalmente será concretizada. Em 2015, o governo aplicou R$ 112 milhões na melhoria da infraestrutura dos prédios escolares. Foram iniciadas 180 obras em instituições de ensino e concluídas 235 obras. Também foram terminados 102 Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio.
"Havia a previsão de R$ 133 milhões para a reforma das escolas, mas a liberação ficou um pouco menor. Levando em consideração as dificuldades financeiras, foi um bom valor. Também conseguimos entregar 28 mil netbooks em 666 escolas. Neste ano, daremos prosseguimento aos investimentos", destacou.

Matrículas já têm 50 mil inscrições a mais do que em 2015

As matrículas da rede estadual ainda não se encerraram, mas até o momento 50 mil inscrições a mais foram feitas em comparação com as matrículas de 2015. A informação foi passada ontem pelo secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha.
"Pela primeira vez nos últimos anos, a tendência é ter aumento no número de alunos. Isso não ocorria desde 2005, quando observamos uma queda nas matrículas. Até 15 de janeiro, quando se encerrou a primeira etapa, já tínhamos 50 mil inscrições a mais. Claro que a inscrição é o primeiro passo e pode ou não se transformar em matrícula, pois existem desistências. O número definitivo teremos em março", explicou.
Mesmo que os números variem, o secretário diz que é um indicativo forte de aumento de alunos na rede. "Isso é positivo, pois demonstra que a população está procurando mais a rede pública estadual, mas também exige recursos", ressaltou.
O cenário certamente impactará a contratação de professores, pois, somente em 2015, 3.305 servidores se aposentaram, 2.846 foram exonerados e 108 faleceram. O Cpers/Sindicato tem pressionado para que 5.013 docentes sejam nomeados. Vieira da Cunha não garante que isso será feito, mas sinaliza que as necessidades serão encaminhadas ao governador José Ivo Sartori.
"A questão está intimamente ligada ao encerramento das matrículas. Não temos como definir ainda o número de professores que precisaremos. Quando fecharmos esse processo, levaremos a demanda ao governador. Quero lembrar que, em 2015, a única área que nomeou concursados foi a Educação. Foram 540 novos professores. Provavelmente, levarei uma nova demanda nesse sentido ao governador."