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- Publicada em 21 de Janeiro de 2016 às 21:37

Prefeitura busca apoio privado para revitalização

 PESQUISADORES DE DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO DA UFRGS PARTICIPAM DE REUNIÃO NO SALÃO DE ATOS II DA REITORIA, PARA DAR INÍCIO À PREPARAÇÃO DE UMA PROPOSTA COM VISTAS À DESPOLUIÇÃO DO ARROIO DILÚVIO.     NA FOTO: TRECHO DO ARROIO DILÚVIO SOB A PONTE DA RAMIRO BARCELOS

PESQUISADORES DE DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO DA UFRGS PARTICIPAM DE REUNIÃO NO SALÃO DE ATOS II DA REITORIA, PARA DAR INÍCIO À PREPARAÇÃO DE UMA PROPOSTA COM VISTAS À DESPOLUIÇÃO DO ARROIO DILÚVIO. NA FOTO: TRECHO DO ARROIO DILÚVIO SOB A PONTE DA RAMIRO BARCELOS


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Todos os porto-alegrenses sabem que o arroio Dilúvio está poluído e precisa passar por uma revitalização. Mesmo assim, um projeto com as diretrizes de uma solução permanente para o córrego, feito em 2012 por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), não encontrou eco entre as autoridades. "O estudo recomendado pelos pesquisadores custaria, em média, R$ 2 milhões. Como a prefeitura não possui esse recurso, precisamos de apoio da iniciativa privada", explica o secretário municipal de Governança Local, Cézar Busatto.
Todos os porto-alegrenses sabem que o arroio Dilúvio está poluído e precisa passar por uma revitalização. Mesmo assim, um projeto com as diretrizes de uma solução permanente para o córrego, feito em 2012 por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), não encontrou eco entre as autoridades. "O estudo recomendado pelos pesquisadores custaria, em média, R$ 2 milhões. Como a prefeitura não possui esse recurso, precisamos de apoio da iniciativa privada", explica o secretário municipal de Governança Local, Cézar Busatto.
Desanimado, o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs, André Luiz da Silveira, desistiu do projeto. "Infelizmente, está morto e enterrado, pois não houve possibilidade institucional de colocá-lo em ação. Houve uma tentativa de reaproximação da prefeitura, através da Secretaria Municipal de Governança Local, mas como a pasta possui um projeto próprio de resiliência da cidade e o nosso precisaria sofrer readequações, nos afastamos", lamenta.
Na opinião de Silveira, cabe ao Executivo tomar a frente do projeto, e não à universidade. "A prefeitura teria que buscar recursos para efetivar o projeto básico, e não o fez. Além disso, as nossas diretrizes indicam um trabalho integrado entre as secretarias, o que não se enquadra no formato institucional da prefeitura, onde tudo é fragmentado", pondera.
Segundo Busatto, o alto custo do projeto se deve à sua complexidade. "Trata-se de um arroio de 18 quilômetros, que passa por muitos bairros e por duas cidades - Porto Alegre e Viamão. Não podemos fazer apenas uma parte dele, teríamos que fazer uma abordagem global. Aí, entramos nessa brutal crise financeira e não tivemos condições para viabilização", afirma.
Inicialmente, a intenção era fazer um consórcio entre os governos municipal, estadual e federal. O secretário conta que a União demonstrou interesse no assunto quando um grupo de professores das duas universidades foi a Brasília falar sobre o projeto, mas a crise desestimulou novos investimentos. "Nossa ideia é fazer um chamado à sociedade, para buscar apoio dentro da iniciativa privada e, assim, darmos o próximo passo, que é elaborar o projeto básico", destaca. A partir disso, se daria uma discussão com a comunidade.
Para Busatto, o arroio já está melhor do que antigamente, pois recebeu intervenções pontuais. Entretanto, carece de tratamento renovador. "Inclusive, o projeto de revitalização do Dilúvio integra o eixo de Prevenção de Riscos da Estratégia de Resiliência de Porto Alegre. Entendemos que esse será um projeto de médio a longo prazo, mas está em aberto. Só não saiu do papel por falta de verba."
O projeto-piloto desenvolvido pela Pucrs e pela Ufrgs possui sete eixos - água, urbanismo, mobilidade, educação, economia, governança e gestão. Este último visa à aplicação de técnicas de gerenciamento em programas de governo, aprimorando a integração entre os setores das prefeituras, e representa 32% do plano. A revitalização efetiva custaria cerca de R$ 500 milhões.
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