A rotina de quem toca uma empresa própria, normalmente, é bastante complexa. Principalmente no início, empreendedores tendem a multiplicar as horas de trabalho para alavancar seus negócios. Claro, isso não é uma particularidade do empreendedor, e sim do mercado de trabalho como um todo. O excesso, no entanto, pode prejudicar um dos fatores mais importantes para obter sucesso, em qualquer função que seja: a produtividade. Será que há sentido em ser workaholic (viciado em trabalho) atualmente?

Carla Lubisco é personal trainer há 40 anos e consultora de qualidade de vida. Segundo ela, essa história de ser workaholic como única alternativa para um bom rendimento perdeu o sentido.

Uma das coisas mais importantes para a mudança de hábitos é a conscientização: "a pessoa precisa se dar conta que a pausa é positiva e aumenta a produtividade", argumenta. "Porque isso proporciona um olhar novo, com frescor."

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Carla trabalha muito a meditação com seus alunos - que normalmente são do meio executivo ou figuras reconhecidas, como Jorge Gerdau, Narcisa Tamborindeguy e jogadores de futebol.

"A meditação faz você viver o presente e sentir a sua respiração. Com isso, a pessoa vai exercitando o autoconhecimento, vai ficando mais consciente de quem é, e volta renovada."

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Até aí, tudo bem. Só que tem gente que, só de ouvir falar em meditação, já fica estressado. A receita, segundo Carla, é tratar a qualidade de vida de forma democrática e encontrar o próprio jeito de relaxar, seja num livro, filme ou passeio.

"Mudar de hábito não é fácil. Requer muita disciplina, principalmente porque é preciso transformá-lo em uma necessidade para o corpo e para a mente", explica.