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Economia

- Publicada em 21 de Janeiro de 2016 às 20:07

Cinco maiores bancos do Brasil se unem pelo cadastro positivo e criam gestora

Nova empresa estará operacional em quatro anos, diz Murilo Portugal

Nova empresa estará operacional em quatro anos, diz Murilo Portugal


FEBRABAN/DIVULGAÇÃO/JC
Os cinco maiores bancos do País anunciaram, nesta quinta-feira, a criação de uma gestora de inteligência de crédito que irá concorrer com outras empresas que já atuam na oferta de serviços de informações cadastrais e dados de crédito. Fazem parte dessa iniciativa Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, sendo que cada um terá uma fatia de 20% na nova empresa.
Os cinco maiores bancos do País anunciaram, nesta quinta-feira, a criação de uma gestora de inteligência de crédito que irá concorrer com outras empresas que já atuam na oferta de serviços de informações cadastrais e dados de crédito. Fazem parte dessa iniciativa Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, sendo que cada um terá uma fatia de 20% na nova empresa.
O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, acredita que em quatro anos a nova empresa estará totalmente operacional, mas já deve oferecer algum serviço após a constituição formal da empresa, que deve levar cerca de um ano. "A experiência dos bancos vai propiciar a criação de novas ferramentas analíticas. A nova empresa vai melhorar também as condições na concessão do crédito, com menor inadimplência e vai ajudar a evitar o superendividamento", avaliou.
Para ter o nome dentro desse cadastro, o cliente terá que aprovar. Ele terá direito a consultar seus dados e, se quiser, pedir a exclusão do sistema. "A adesão a essa iniciativa será sempre voluntária. Teremos como princípios norteadores a segurança das informações e a privacidade", disse Portugal.
Atualmente, o Brasil conta com três grandes empresas de análise de crédito: Serasa Experian, Boa Vista SCPC Serviços e SPC Brasil. O presidente da Febraban afirmou que os bancos continuarão a comprar dados dessas empresas.
Foram os bancos que criaram, em 1968, a Serasa. Em 2007, no entanto, o controle da empresa foi vendido para a britânica Experian. Um acordo de não concorrência foi fechado entre vendedores e o comprador, mas esse prazo expirou em 2012, o que permitiu a volta dos bancos a esse mercado. Procurada, a Serasa Experian não se pronunciou sobre o assunto.
Outra concorrente desse mercado, a Boa Vista SCPC informou que acredita que a criação de uma nova gestora de inteligência de crédito irá contribuir para o avanço do cadastro positivo no Brasil. "Com o bom e sólido relacionamento que a Boa Vista SCPC possui com esses bancos gestores, pode ser mais uma oportunidade de alavancar o Cadastro Positivo no País, que aparentemente é o que se propõe o novo sistema", informou, em nota.
De acordo com Portugal, a experiência dos bancos com gestão de risco e a maior capilaridade poderão contribuir para a oferta desses serviços. A empresa, ainda sem nome, irá trabalhar com cadastros de adimplentes (cadastro positivo) e inadimplentes, dados dos clientes e serviços de análise e de proteção de dados. Os serviços serão oferecidos a outros bancos ou para qualquer empresa que demande informações de crédito. "Com o passar do tempo, essa empresa vai ajudar a reduzir os custos dos bancos de uma maneira geral. Não só os administrativos, mas os ligados ao crédito e inadimplência", disse.
No entanto, Portugal não soube quantificar qual poderá ser essa melhora no sistema de crédito. Durante a discussão para a criação do cadastro positivo, que foi regulamentado em 2012 e entrou em funcionamento em 2013, a justificativa era que essas informações iriam ser utilizadas para uma concessão de crédito mais assertiva, que possibilidade um menor custo ao tomador. Até o momento, essa redução nos juros ainda não foi vista.
Segundo o presidente da Febraban, leva um tempo para que se possa colher os resultados desse tipo de cadastro positivo, reforçando que apenas 2,5 milhões de clientes fazem parte dos cadastros existentes, embora existam mais de 100 milhões de CPFs no País. "No longo prazo vamos ter um benefício para os consumidores, com uma oferta de crédito mais adequada ao seu perfil", avaliou.
Ainda não há uma estimativa de investimentos na nova empresa, que para ser legalmente constituída precisa da aprovação de órgãos como o Cade e o Banco Central. A LexisNexis Risk Solutions, empresa do Relx Group especializada em fornecimento global de soluções de análise e gerenciamento de riscos, será a parceira técnica dos bancos para a criação da GIC.
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