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Economia

- Publicada em 20 de Janeiro de 2016 às 20:12

Petróleo cai, afeta Petrobras e arrasta a bolsa


A Bovespa sucumbiu mais uma vez ontem. Influenciada pelo recuo do petróleo e das bolsas norte-americanas, o Ibovespa fechou em queda, prejudicado principalmente pelo tombo das ações da Petrobras. Na mínima da sessão, ameaçou perder o nível de 37 mil pontos, mas conseguiu segurar-se acima disso.
A Bovespa sucumbiu mais uma vez ontem. Influenciada pelo recuo do petróleo e das bolsas norte-americanas, o Ibovespa fechou em queda, prejudicado principalmente pelo tombo das ações da Petrobras. Na mínima da sessão, ameaçou perder o nível de 37 mil pontos, mas conseguiu segurar-se acima disso.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,08%, aos 37.645 pontos. No mês, acumula perda de 13,16%. O giro financeiro totalizou R$ 5,261 bilhões.
Petróleo e Nova Iorque foram os principais fios condutores do mercado e, na reta final da sessão desta quarta-feira, a diminuição da queda doméstica se deu justamente porque ambos também melhoraram um pouquinho. O preço do petróleo negociado na Nymex caiu 6,71% no contrato que venceu ontem, para fevereiro, a US$ 26,55 o barril. No contrato de março, a commodity fechou a US$ 28,35 o barril, em baixa de 4,13%.
O recuo no preço da commodity decorreu das perspectivas de desaceleração da economia global, sobretudo na China, somadas ao excesso de oferta e ao vencimento do contrato para fevereiro na Nymex. Além disso, os dados semanais que serão divulgados pela API no início da noite também influenciaram nas cotações hoje.
Como não podia deixar de ser, Petrobras sofreu mais uma vez com o tombo do petróleo. A ação ON caiu 3,58% e terminou a R$ 5,93 (no mês, acumula baixa de 30,81%). A PN recuou 4,94%, a R$ 4,43 (-33,88% em 2016).
Vale melhorou ao longo da sessão e o papel ON virou à tarde para cima. Terminou em 0,33%, enquanto a PNA caiu 1,28%. As ações foram afetadas pela baixa de 2,4% do preço do minério de ferro no mercado à vista, para US$ 41,1 a tonelada seca, além da redução da recomendação pelo HSBC não só para a mineradora como também para Bradespar. No setor siderúrgico, Metalúrgica Gerdau PN fechou em baixa de 1,90%, Gerdau PN recuou 1,16% e CSN ON, -1,83%, mas Usiminas PNA subiu 0,99%.
As fortes perdas do petróleo no mercado internacional, tanto em Londres quanto em Nova Iorque, voltaram a determinar a busca global por ativos considerados mais seguros. Isso impulsionou o dólar em todo o mundo e, no Brasil, a moeda norte-americana chegou a se aproximar, durante o dia, das cotações históricas do Plano Real.
Após desacelerar um pouco na reta final, com investidores realizando parte dos lucros no intraday, o dólar à vista fechou em alta de 1,00%, aos
R$ 4,0998. No mercado futuro, que encerra apenas às 18 horas, a divisa para fevereiro subia no fim da tarde 0,80%, aos
R$ 4,1115.
Os juros futuros de curto prazo mantiveram-se em queda firme nesta quarta-feira, provocada pela ampliação das apostas numa decisão menos conservadora do Comitê de Política Monetária (Copom) na noite de hoje. Esse movimento, por sua vez, sustentou a alta dos vencimentos longos, endossada, ainda, pela pressão no câmbio e aversão ao risco no exterior.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para abril de 2016 caía a 14,52%, de 14,598% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 recuou de 15,380% para 15,145%. Nos longos, o DI janeiro de 2019 fechou em 16,82%, ante 16,67%, e o DI janeiro de 2021 terminou em 16,80%, ante 16,64%. A nota do Banco Central sobre as revisões pessimistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira, divulgada na terça-feira, continuou fazendo preço no mercado de juros. Os investidores reforçaram a aposta de que a Selic poderia não subir ou subir apenas 0,25 ponto percentual. A curva, ontem à tarde, já precificava 90% de possibilidade de alta desta magnitude e 10% de chance de manutenção dos 14,25%, eliminando a aposta de aumento de 0,50 ponto percentual que ainda aparecia até ontem. Além da decisão em si, o conteúdo do comunicado, assim como o placar, geram grande ansiedade nos players.
As taxas mais longas foram alvo de forte aversão ao risco, entre eles o temor de ingerência política nas decisões do Copom. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não há necessidade no País de aumentar a taxa básica.
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