Os Estados Unidos voltaram a ocupar o posto de primeiro lugar na atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2015, lugar ocupado pela China no ano anterior, informou ontem relatório das Nações Unidas. A economia norte-americana recebeu US$ 384 bilhões em investimento estrangeiro. Hong Kong e China receberam, respectivamente, US$ 163 bilhões e US$ 136 bilhões.
Os dados preliminares da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) mostram que o IED cresceu 36% em 2015 ante 2014, para cerca de US$ 1,7 trilhão. Os países desenvolvidos receberam a maior parte do IED mundial, tendência quebrada apenas de 2012 a 2014, quando as nações em desenvolvimento ficaram com a maior parte.
Segundo a Unctad, no entanto, o retorno aos padrões pré-crise de 2008 não significa a volta à normalidade do IED, uma vez que, no ano passado, que eles foram anormalmente influenciados por uma alta nas fusões e aquisições internacionais e também por empresas que mudaram suas sedes de país atrás de benefícios fiscais. "Os fluxos de IED devem recuar em 2016, refletindo a fragilidade da economia global, da volatilidade dos mercados financeiros, da demanda agregada frágil e a desaceleração significativa de alguns emergentes", disse a Unctad.