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Economia

- Publicada em 05 de Janeiro de 2016 às 20:08

Construção civil vê estímulo com quitação de atrasados

Construtoras vão exigir condições para retomar os investimentos

Construtoras vão exigir condições para retomar os investimentos


ANTONIO PAZ/JC
Para a indústria da construção, o governo não precisa de muito esforço para estimular o segmento como tentativa de reanimar a economia brasileira. A principal reivindicação do setor é o pagamento de quase R$ 7 bilhões em atrasos das obras públicas, o que já seria suficiente para dar fôlego às construtoras.
Para a indústria da construção, o governo não precisa de muito esforço para estimular o segmento como tentativa de reanimar a economia brasileira. A principal reivindicação do setor é o pagamento de quase R$ 7 bilhões em atrasos das obras públicas, o que já seria suficiente para dar fôlego às construtoras.
"Colocar em dia os pagamentos dos atrasos já seria um novo PAC", afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). "Seria o suficiente para recuperar as empresas que estão morrendo. O principal ponto é simplesmente cumprir um compromisso."
Nesta semana, foi divulgado que o governo federal estuda medidas para estimular a construção, que responde rápido aos incentivos, como forma de reanimar a economia. A nova estratégia foi batizada no Palácio do Planalto de "novo PAC".
De acordo com os números do setor, o governo fechou 2015 com dívida de R$ 3 bilhões em contratos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), R$ 1,8 bilhão do Ministério das Cidades em obras de saneamento,
R$ 1,5 bilhão do Ministério da Integração Nacional e R$ 400 milhões da Valec, estatal federal que cuida de ferrovias.
Esse valor de R$ 6,7 bilhões considera apenas as obras que foram efetivamente executadas e faturadas. Martins participa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, colegiado formado por representantes da iniciativa privada no qual a presidente Dilma Rousseff aposta para tentar buscar soluções para reverter a crise econômica em 2016.
Para o dirigente, a equipe econômica poderia aproveitar o momento de "despedalar" - pagamento total dos R$ 55,8 bilhões em dívidas com os bancos públicos e com o Fundo de garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - para também zerar o passivo com as empreiteiras.
Martins entregou à equipe econômica uma lista com as condições necessárias para que sejam retomados os investimentos. A primeira é o pagamento do que está atrasado. Outros itens da pauta são redução da burocracia, com a melhoria dos marcos regulatórios, e ampliação do mercado para que mais empresas possam atuar. As investigações da Operação Lava Jato comprometeram o desempenho das maiores empreiteiras do País.
Os empresários da construção civil no Brasil enxergam no programa de concessões e em parcerias público-privadas possibilidades para que se deslanchem os investimentos já
neste ano.
O setor ainda guarda o início das contratações do Minha Casa Minha Vida com as regras da terceira etapa. Também procura novas fontes para os financiamentos imobiliários, tendo em vista a sangria de recursos da caderneta de poupança no ano passado - nos 11 primeiros meses de 2015, os saques superaram os depósitos em mais de R$ 58 bilhões.
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