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Economia

- Publicada em 04 de Janeiro de 2016 às 19:07

Dólar volta a ultrapassar marca de R$ 4,00 na primeira sessão de 2016


O noticiário negativo vindo da China, somado às preocupações com a economia brasileira, fez o dólar voltar a superar os
O noticiário negativo vindo da China, somado às preocupações com a economia brasileira, fez o dólar voltar a superar os
R$ 4,00 neste primeiro dia útil de 2016. A moeda norte-americana à vista terminou a sessão ontem cotada aos R$ 4,0344, em alta de 1,88%, em sintonia com o avanço do dólar ante praticamente todas as demais divisas no exterior.
A China deu o tom da busca de dólares desde o início do dia. Isso porque pesquisa da Caixin Media e da Markit indicou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China recuou para 48,2 em dezembro, de 48,6 em novembro. Foi o décimo mês consecutivo de leitura abaixo da marca de 50,0, o que indica contração da atividade.
Além disso, está próximo o fim da proibição de vendas de ações por grandes investidores e do impedimento de venda de ações a descoberto na China. Para alguns profissionais, isso abriu espaço para uma antecipação de vendas de papéis hoje, o que fez as bolsas chinesas despencarem e espalhou um movimento de aversão para outros mercados, entre eles os de moedas.
A Bovespa inaugurou 2016 em baixa, a quarta consecutiva, penalizada pela China. Apenas cinco ações terminaram em alta e o principal índice doméstico voltou a níveis de abril de 2009.
O Ibovespa terminou esta segunda-feira em baixa de 2,79%, aos 42.141 pontos, menor patamar desde 1 de abril de 2009 (41.976,33 pontos). Foi a quarta queda consecutiva do índice da bolsa, período no qual acumulou -4,25%. O giro financeiro totalizou R$ 5,154 bilhões.
Na China, o índice Xangai Composto caiu quase 7%, a maior queda percentual desde 25 de agosto do ano passado. A sessão chinesa foi encurtada por um circuit breaker, no primeiro dia em que um novo sistema para esse tipo de interrupção da operação foi disparado. Já o índice Shenzhen perdeu 8,2%.
O recuo das bolsas chinesas varreu o globo. As bolsas europeias terminaram com perdas de -1,54% (Portugal, a menor) a -4,28% (DAX, a maior). Nos EUA, Dow Jones caiu 1,585, e a Nasdaq, -2,08%.
O petróleo, que pela manhã subia por causa do conflito entre Arábia Saudita e Irã, passou a cair à tarde com o aumento dos estoques no centro de distribuição em Cushing. O contrato do petróleo para fevereiro na Nymex perdeu 0,75%, a US$ 36,76 o barril.
Petrobras, no entanto, subiu. A ação PN avançou 2,54%; e a ON, 1,17%, primeira e terceira maiores altas do Ibovespa.
Vale e siderúrgicas, afetadas pelo desempenho da China, caíram com vigor. Vale ON, -2,61%; Vale PNA, -2,44%; Gerdau PN, -2,37%; Metalúrgica Gerdau PN, -3,61%; Usiminas PNA, -5,81%; CSN ON, -3,50%.
O minério de ferro, no entanto, iniciou o ano com alta de 0,5%, cotado a US$ 43,1 a tonelada seca no mercado à vista chinês. Em 2015, o preço acumulou queda de quase 40%.
O setor financeiro também caiu. As units do Santander cederam 4,25%, Itaú Unibanco PN perdeu 4,52%, BB ON caiu 3,39%, e Bradesco PN cedeu 1,45%.
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