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cinema Not�cia da edi��o impressa de 22/01/2016. Alterada em 21/01 �s 18h15min

Recorte familiar de Joy - o nome do sucesso

FOX FILM/DIVULGA��O/JC
Jennifer Lawrence e Robert De Niro contracenam em Joy

Ricardo Gruner

Não é difícil entender porque a atriz Jennifer Lawrence e o diretor David O. Russell firmaram uma terceira parceria, a estreia Joy - o nome do sucesso. Nos dois filmes anteriores do cineasta, a jovem foi aclamada - em 2013, levou o Oscar de melhor intérprete principal por O lado bom da vida; no ano seguinte, uma indicação como artista coadjuvante por Trapaça. Dessa vez, a americana é o principal trunfo do longa-metragem, o qual ela segura do começo ao fim. Ao destacar-se em um roteiro esquemático, a estrela ainda recebeu mais uma nomeação ao prêmio da Academia.
Em cartaz desde quinta-feira, a produção é inspirada na trajetória da empresária e inventora Joy Mangano, embora seu sobrenome nunca seja mencionado. A versão que Russell e seus colegas apresentam é a história de superação de uma mulher que driblou uma série de adversidades em busca do seu lugar ao sol.
Na narrativa, Joy é apresentada como uma trabalhadora disposta a se tornar exceção em uma família disfuncional - com quem divide a casa. Sob o mesmo teto, moram seus filhos pequenos, a mãe viciada em novelas (Virginia Madsen), a vó motivadora (Diane Ladd) e até o ex-marido (Édgar Ramírez). Para piorar, o pai (Robert De Niro) é rejeitado pela namorada atual e também quer um espaço no local.
Previsível, a narrativa tem como base a força de vontade da protagonista. Também escrito por Russell, o roteiro aponta uma mulher forte e disposta a brigar até o fim para impor-se. Quando surge a possibilidade de patentear um produto de limpeza, Joy mergulha no mundo dos negócios.
A história é louvável; já o modo como é contada, nem tanto. Propositalmente, o ar novelesco se estende além dos programas assistidos pela mãe da heroína. O recurso acaba jogando contra a produção - não só ao tentar relacionar os dramas televisivos com a situação da personagem-título como também ao escancarar uma dinâmica problemática. Com reviravoltas de última hora e intrigas familiares (que incluem até uma irmã invejosa), o filme apresenta um desfile de lugares-comuns. Se o objetivo era fazer graça através do formato, ele não foi concluído. Nesse panorama, Jennifer Lawrence, em mais uma atuação madura, salva a personagem por transmitir sinceridade a uma figura que caminha à beira da caricatura.
Também responsável por O vencedor, o diretor é adepto de uma linguagem pop - visivelmente buscando combinações de estética e som para moldar ou dar novos significados a pequenas jornadas. Em Joy, algumas cenas embaladas por trilha sonora até parecem retiradas de videoclipes ou de comerciais, por exemplo. Estruturalmente pode-se concluir que o exagero faz parte da visão da avó da moça, responsável pela narração do filme, mas esse artifício não esconde alguns equívocos.
As performances do elenco são bem mais comedidas. Outro nome constante na filmografia do diretor, Bradley Cooper tem participação discreta em um papel menor - e, tendo em vista a badalação em torno do ator, parece subaproveitado. De Niro forma com Isabella Rossellini um par carismático, mas fica por aí.
Ao fim da exibição, fica a sensação de que o título é melhor em suas intenções do que na execução - embora também não trata-se de nenhum desastre cinematográfico. Joy tem uma trajetória única, mas sua autonomia muitas vezes acaba mascarada pela novela mexicana onde está inserida. Aparentemente finalizado às pressas para o Oscar, o título passou batido pela Academia. A obra só concorre à estatueta de melhor atriz. No Globo de Ouro, ainda figurou na lista dos selecionados para a disputa de melhor comédia ou musical - mas a equipe não levou para casa nenhum prêmio.
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