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Jornal da Lei

- Publicada em 04 de Janeiro de 2016 às 14:42

Livro infantil personalizado auxilia no processo de adoção internacional de crianças

"Não acredito, essa história é igual a minha", surpreendeu-se o menino Mateus (nome fictício), de 10 anos, ao ler o livro "As botas do menino anjo", elaborado por funcionários da Vara de Infância e Juventude (VIJ) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que conta a história de um menino, que assim como ele, acaba de ser adotado por um casal de italianos.
"Não acredito, essa história é igual a minha", surpreendeu-se o menino Mateus (nome fictício), de 10 anos, ao ler o livro "As botas do menino anjo", elaborado por funcionários da Vara de Infância e Juventude (VIJ) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que conta a história de um menino, que assim como ele, acaba de ser adotado por um casal de italianos.
O livro infantil personalizado foi entregue à criança e aos seus pais como forma de recuperar e eternizar a história da criança até sua adoção, e se tornou uma metodologia importante para o sucesso do processo de adoção internacional, que dura, em média, oito meses. Entre 2008 e 2015, ocorreram 657 adoções de crianças do Cadastro Nacional de Adoção por pretendentes internacionais.
Desde 1999, foram realizadas, no Distrito Federal, 32 adoções internacionais, sendo 22 delas por pais italianos e as demais, por pais franceses, norte-americanos, alemães e australianos. De acordo com Thaís Botelho Corrêa, secretária executiva da Comissão Distrital Judiciária de Adoção (CDJA) da VIJ e autora dos livros personalizados, os estrangeiros que se habilitam para adotar crianças no País sabem que o perfil é de crianças mais velhas e de grupos de irmãos, ao contrário de países como a Rússia e a China, cujas crianças aptas para serem adotadas são quase sempre bebês e de pele branca. "Os italianos nos relatam que se identificam com a forma de educação brasileira, a festividade e a língua", diz Thaís.
A adoção internacional só ocorre quando não for possível encontrar uma família brasileira para determinada criança. Este foi o caso de Mateus, que, por sofrer maus-tratos, fugia de casa e foi parar em um abrigo aos cinco anos. Após uma tentativa frustrada de reintegração familiar com um tio, Mateus voltou a viver em um abrigo e não havia família disponível para ele no País. Em fevereiro deste ano, a VIJ encontrou uma família vinculada ao organismo italiano Associazione Internazionale Pro-Adozione (Aipa) com o perfil parecido com o do garoto. 
O livro que conta a história de Mateus, elaborado por meio de uma parceria entre CDJA e o Núcleo de Editoração e Reprografia da Coordenadoria de Serviços Gráficos do TJDFT, já é o quarto impresso pela vara na tentativa de auxiliar os processos de adoção internacional. Uma das inovações do novo Cadastro Nacional de Adoção (CNA), implantado em março de 2015, é a inclusão de pretendentes estrangeiros. Atualmente, existem 28 estrangeiros cadastrados.
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