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JC Logística

- Publicada em 15 de Janeiro de 2016 às 16:03

Incêndio em Santos pode provocar chuva ácida

 Smoke rises from chemical containers at the port of Guaruja, in the Brazilian coast some 90 km from Sao Paulo, on January 14, 2016. Rainwater got in touch with sodium chloride isocyanate stored in containers causing a chemical reaction, the fire department said.    AFP PHOTO / MAURICIO DE SOUZA

Smoke rises from chemical containers at the port of Guaruja, in the Brazilian coast some 90 km from Sao Paulo, on January 14, 2016. Rainwater got in touch with sodium chloride isocyanate stored in containers causing a chemical reaction, the fire department said. AFP PHOTO / MAURICIO DE SOUZA


MAURICIO DE SOUZA/AFP/JC
A fumaça carregada de resíduos químicos do incêndio que ocorreu na semana passada no porto de Santos pode provocar chuva ácida na região da Baixada Santista, segundo o professor de química e meio ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rogério Machado. "Agora você tem uma mistura nessa nuvem que está vendo na Baixada com um monte de coisa. Junto com a neblina, que é a umidade normal, vai ter chuva ácida por toda a região", prevê.
A fumaça carregada de resíduos químicos do incêndio que ocorreu na semana passada no porto de Santos pode provocar chuva ácida na região da Baixada Santista, segundo o professor de química e meio ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rogério Machado. "Agora você tem uma mistura nessa nuvem que está vendo na Baixada com um monte de coisa. Junto com a neblina, que é a umidade normal, vai ter chuva ácida por toda a região", prevê.
De acordo com Machado, a precipitação contaminada pode causar danos materiais e à vegetação. "Vai ter corrosão generalizada. Sem contar a vegetação que vai sofrer e os peixes, se isso cair para a água", ressaltou. O incêndio, iniciado no fim da tarde de quinta-feira, atingiu 80 contêineres com diferentes tipos de produtos químicos armazenados pela empresa Localfrio.
O fogo começou em contêineres de ácido dicloroisocianúrico, um produto usado como bactericida na água. A fumaça tóxica atingiu as cidades de Santos, Guarujá e São Vicente. A inalação dos resíduos levou 92 pessoas a procurar atendimento médico. Ao respirar os derivados de cloro, as pessoas estão sujeitas, segundo Machado, a sofrer queimaduras internas. Na avaliação do professor, o combate ao incêndio, apesar de imprescindível, deve provocar o lançamento de parte dos resíduos tóxicos no mar. "Combatendo o incêndio, você solubilizou um monte disso para a água do mar. Dependendo da corrente que tiver, haverá sérios problemas ambientais", acrescentou.
As informações disponíveis até o momento indicam, de acordo com Machado, que o incêndio foi resultado de imprudência no armazenamento do produto. "É um material sólido, que é solúvel em água. Porém, é um produto que libera muito cloro. Quando você o coloca na água, libera cloro, para ter efeito bactericida. Por isso, é preciso armazená-lo completamente seco. O pessoal simplesmente acumulou um monte de contêineres e o deixou suscetível a uma enchente com a água do porto." Ao entrar em contato com a água, o material se volatilizou. "Virou gás e explodiu."
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