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Empresas & Negócios

- Publicada em 24 de Janeiro de 2016 às 18:56

Rede Tok quer dobrar de tamanho

 Foto do empresário Luís Gustavo Masiero, sócio-proprietário da TOK para o COM A PALAVRA do Empresas e Negócios.

Foto do empresário Luís Gustavo Masiero, sócio-proprietário da TOK para o COM A PALAVRA do Empresas e Negócios.


FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
A meta é ambiciosa em tempos de crise proclamada: transformar uma rede de 25 lojas recém-adquirida em uma empresa com 50 operações próprias distribuídas em toda a região Sul do País dentro de três anos. Hoje, a Tok possui 21 unidades no Rio Grande do Sul e quatro no Paraná. Quando foi comprada, em meados de 2015, contava com 24 lojas. Em poucos meses, além do investimento de R$ 250 mil na inauguração de uma operação em Caxias do Sul, os novos proprietários realizam adequações que marcarão a transição em 2016. "Tínhamos muita vontade de operar no setor", conta o sócio-proprietário Luís Gustavo Masiero, 45 anos. Segundo o administrador de empresas, que foi sócio-fundador da Custom Business Solutions e diretor do segmento de moda e food service do Grupo Linx, a ideia é ter "um varejo diferente". Masiero tem as viagens como hobby e aproveita para frequentar feiras de varejo e buscar inspirações.
A meta é ambiciosa em tempos de crise proclamada: transformar uma rede de 25 lojas recém-adquirida em uma empresa com 50 operações próprias distribuídas em toda a região Sul do País dentro de três anos. Hoje, a Tok possui 21 unidades no Rio Grande do Sul e quatro no Paraná. Quando foi comprada, em meados de 2015, contava com 24 lojas. Em poucos meses, além do investimento de R$ 250 mil na inauguração de uma operação em Caxias do Sul, os novos proprietários realizam adequações que marcarão a transição em 2016. "Tínhamos muita vontade de operar no setor", conta o sócio-proprietário Luís Gustavo Masiero, 45 anos. Segundo o administrador de empresas, que foi sócio-fundador da Custom Business Solutions e diretor do segmento de moda e food service do Grupo Linx, a ideia é ter "um varejo diferente". Masiero tem as viagens como hobby e aproveita para frequentar feiras de varejo e buscar inspirações.
JC Empresas & Negócios - O que motivou a compra da Tok?
Luís Gustavo Masiero - Eu e a Clenir Wengenowicz (ex-diretora da regional Sul da Vivo) compramos a rede por acreditarmos muito na geração de fãs da marca e na personalidade da Tok. A empresa é uma das raríssimas redes varejistas que contam com marca e operações próprias. Isso sempre nos fascinou, porque é um negócio que alcança um nicho de mercado muito interessante. Enquanto grandes magazines fazem moda muito bem-feita para a classe C e as boutiques de ponta operam focadas na classe A, queremos ocupar da melhor forma possível esse miolo formado por mulheres que buscam por um pouco mais de exclusividade nos produtos, sem que os preços sejam exageradamente caros.
Empresas & Negócios - O histórico de atuação em tecnologia, compartilhado pelo senhor e a Clenir, pode contribuir nas mudanças de processos da Tok?
Masiero - Nós dois viemos de um mundo tecnológico, mas com apelo varejista muito forte. A Clenir era uma das principais executivas da Vivo no País, e o varejo sempre fez parte do seu dia a dia - só que do outro lado do balcão. Agora, a ideia é empregar o máximo da evolução do setor nas nossas operações. Queremos trabalhar com um varejo mais digital. Estamos preparando a rede para o mundo omnichannel (combinação de loja física e on-line). Assim, será possível consumir a marca direto do sofá da sala, mas sem eliminar a visita à loja para experimentar as peças eleitas via internet. Depois, os clientes poderão solicitar que a mercadoria seja entregue na residência. Com a construção dessa plataforma multicanal, executaremos uma moda mais adequada para o target que queremos atingir. Vivemos uma era na qual os consumidores não querem só comprar, mas vivenciar uma troca de experiência com o vendedor. Às vezes, ainda se percebe dificuldade de as equipes acompanharem esse conceito. Por isso, estamos promovendo uma forte transformação do negócio, que vai desde o produto, passando pelo treinamento à modernização de processos.
Empresas & Negócios - Investir em um momento de crise é estratégico?
Masiero - Acreditamos que a crise obriga todo o setor a uma otimização máxima de custos e melhoria de processos para evitar retrabalho e, assim, não onerar a cadeia produtiva. Isso também passa por melhorar o relacionamento com os clientes, aspecto ainda mais importante agora, quando há um escasseamento da demanda. No nosso caso, optamos por injetar investimento em tecnologia e na reestruturação da rede para poder operar e gerar escala. Nossa perscpetiva é dobrar o tamanho da rede em três anos.
Empresas & Negócios - No que consiste este plano de expansão?
Masiero - No primeiro semestre deste ano, abriremos duas novas operações, uma em Santa Catarina e outra no Rio Grande do Sul. Também pretendemos adotar o novo visual em todas as unidades. O mesmo passa a ser replicado em outros pontos, por ocasião da ampliação para o Interior gaúcho.
Empresas & Negócios - Na sua opinião, quais os principais desafios para o varejo em 2016?
Masiero - O varejo está passando por uma crise sem precedentes, pois vem de um período de demanda muito favorável, que fez com que alguns processos não fossem repensados. Existe uma gama de melhorias para viabilizar os negócios em tempos de crise - que, por sinal, deve até ajudar o setor a se qualificar, diminuindo o turnover ao investir em treinamento.
Empresas & Negócios - A economia internacional deverá influenciar nos resultados ou decisões dos lojistas brasileiros?
Masiero - Acredito que as empresas que focaram no mercado chinês para seus processos de compras deverão voltar a comprar no mercado nacional. Para que isso ocorra, terão que preparar seus fornecedores novamente, o que é positivo para a indústria. Mas isso deve demorar, uma vez que o setor industrial está bastante sucateado. As fábricas de confecção brasileiras precisam ser reaparelhadas para produzir com a qualidade e a quantidade necessária para suprir o mercado.
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