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Geral

- Publicada em 20 de Janeiro de 2016 às 22:38

Duplicação da BR-116 está com 44% das obras paralisadas

Isabella Sander
Iniciada em 2012, a duplicação de 211 quilômetros da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, já é marcada pela morosidade. A obra deveria ter sido concluída em 2014. Entretanto, em meio a falta de repasses e problemas com construtoras, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) acena, hoje, com uma estimativa de término em 2017 três anos de atraso. A previsão, contudo, pode ser considerada otimista, em um cenário no qual 44% dos trabalhos estão totalmente paralisados.
Iniciada em 2012, a duplicação de 211 quilômetros da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, já é marcada pela morosidade. A obra deveria ter sido concluída em 2014. Entretanto, em meio a falta de repasses e problemas com construtoras, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) acena, hoje, com uma estimativa de término em 2017 três anos de atraso. A previsão, contudo, pode ser considerada otimista, em um cenário no qual 44% dos trabalhos estão totalmente paralisados.
Atualmente, segundo o órgão, quatro dos nove lotes estão paralisados, um total de 93 quilômetros dos 211 licitados. O lote 7 (do quilômetro 448 ao 470), por exemplo, de responsabilidade da construtora Sultepa, não recebe intervenções há um ano. Os outros lotes inativos são o 3, o 4 e o 5, do quilômetro 351 ao 422. Esses trechos estão sendo feitos, respectivamente, pela empresa Ivaí e pelos consórcios Trier/CTESA e Guaíba/Ribas.
A paralisação é justificada pelo Dnit por problemas pontuais das empresas contratadas. As construtoras preferiram não se pronunciar. O órgão garante estar adotando todas as providências para restabelecer as obras. O restante dos trechos, segundo o departamento, segue em ritmo "adequado aos recursos disponíveis nesse momento", mas não divulga quais têm sido os repasses. Em novembro passado, o Dnit devia R$ 40 milhões às empresas licitadas para a obra.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem do Rio Grande do Sul (Sicepot-RS), Ricardo Lins Portella Nunes, nega a informação do Dnit, e garante que todos os nove lotes estão parados ou praticamente parados. Há dois motivos para a paralisação o primeiro é o atraso no pagamento da União. "O Dnit precisa pagar R$ 2,7 bilhões a diversos empreendimentos executados no Rio Grande do Sul. Desses, R$ 1 bilhão está sendo pago nesta semana e há uma possibilidade de o restante ser quitado em fevereiro", revela.
O pagamento, no entanto, não fará com que os canteiros voltem a ser habitados. "Muitos lotes já estão em fase de colocação da camada de concreto asfáltico. No entanto, há uma defasagem enorme no preço do contrato e no preço atual do material. Isso precisa ser resolvido, caso contrário, o trabalho não será retomado", adianta Nunes. A defasagem, conforme o sindicalista, é de 20% a 25%.
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