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Política

- Publicada em 10 de Dezembro de 2015 às 21:52

Temer diz que ele e Dilma 'acertaram ponteiros'

Ao ser perguntado sobre a relação com Dilma, vice fez gesto de positivo

Ao ser perguntado sobre a relação com Dilma, vice fez gesto de positivo


ANTONIO PAZ/JC
Com atraso de duas horas na agenda programada, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) fez uma breve visita a Porto Alegre, nesta quinta-feira. O peemedebista evitou a imprensa e se dedicou a falar a empresários e ouvir as demandas do governador José Ivo Sartori (PMDB) para o Estado.
Com atraso de duas horas na agenda programada, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) fez uma breve visita a Porto Alegre, nesta quinta-feira. O peemedebista evitou a imprensa e se dedicou a falar a empresários e ouvir as demandas do governador José Ivo Sartori (PMDB) para o Estado.
Temer afirmou que ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) "acertaram os ponteiros" no encontro que tiveram na quarta-feira à noite, no Palácio do Planalto, o primeiro após Temer enviar uma carta à Dilma dizendo que foi "menosprezado" pelo governo. "Ela compreendeu as manifestações que fiz de maneira pessoal. Se fosse um instrumento político, teria feito outra escrita." Dilma foi à Argentina para a assistir à posse do presidente Maurício Macri, o que fez com que Temer viesse à Capital como presidente em exercício para falar em um evento da revista Voto, exclusivo para convidados.
O peemedebista falou por cerca de 20 minutos. Segundo ele, é necessário estabelecer no Brasil um clima de otimismo que foi se perdendo com o tempo. Temer também voltou a falar na necessidade de reunificação do País e fez um chamamento a um processo de pacificação nacional. O presidente em exercício disse que hoje há uma espécie de dissensão entre os brasileiros. Ele também disse que tem falado sobre este assunto com Dilma.
"Começou a se estabelecer, nos últimos tempos, uma guerra quase fratricida entre setores da sociedade. O que nós precisamos é da pacificação nacional. Precisamos reunificar o País. Se quisermos realmente, e eu tenho trocado ideias com a presidente sobre isso, se quisermos fazer o País prosperar neste momento de dificuldade, nós temos que chamar todos os setores sociais, todos os partidos políticos. Temos que fazer quase um governo de união nacional", afirmou.
Durante sua fala, Temer foi aplaudido quando defendeu o estabelecimento de um novo pacto federativo no Brasil. Ele disse que existe necessidade de haver uma repartição mais justa dos recursos, hoje majoritariamente nas mãos da União. A reformulação do pacto federativo, segundo ele, passaria por uma reforma tributária. "Se esta ideia for levada adiante, isso dará um fôlego ao País."
Homenageado no evento, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha (PMDB) foi o único que citou a carta enviada por Temer à presidente, dizendo que sua divulgação teve um lado positivo, que deu aos brasileiros a oportunidade de conhecer um outro lado de Temer que não o de vice-presidente.
"Uma pessoa humilde, que quando é preterida sente, quando é magoada sente, como qualquer outro brasileiro. Ele se mostrou como é", falou Padilha. Na entrada do hotel onde ocorria o evento, Temer era esperado por um grupo de manifestantes contrários ao impeachment. A mobilização fez com que o carro que levava o vice-presidente entrasse pelos fundos.
No Piratini, onde chegou após a reunião-almoço, Temer reuniu-se a portas fechadas com Sartori e fez uma declaração de menos de um minuto aos jornalistas presentes, na qual disse que "é com muito gosto que faço esta visita para ouvir as preocupações (do Rio Grande do Sul) para levá-las a Brasília". Ao sair, apesar de evitar perguntas, foi questionado por um repórter sobre sua situação com Dilma, e respondeu com um gesto de positivo.
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