Sem um consenso na primeira reunião entre entidades empresariais e sindicais, o governo do Estado deve reunir novamente, amanhã, as patronais e os trabalhadores para discutir o salário-mínimo regional. O encontro ocorre na sede da Secretaria Estadual de Planejamento, às 8h30min, e busca mais elementos para balizar uma decisão por parte do governador José Ivo Sartori (PMDB).
Segundo o titular da pasta do Trabalho e Desenvolvimento Social, Miki Breier (PSB), tanto sua secretaria como as do Planejamento, e do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia já tiraram juntas uma sugestão enviada ao governador. "Agora, só falta encaminhar o projeto à Assembleia. Até sexta-feira, é para sair o índice do gabinete", reiterou o secretário, que, na segunda-feira, já havia sinalizado o possível prazo para o envio. No entanto, o gabinete do governador, até o fechamento desta edição, não havia confirmado a informação.
Entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical e Nova Central Sindical defendem um reajuste de 11,55%, ou um índice que, ao menos, reponha os 10,33% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Por outro lado, as entidades patronais, encabeçadas pela Fecomércio, Federasul e Fiergs, reivindicaram que o governo do Estado desista do aumento ou, pelo menos, o protele até o mês de maio.