Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 16:32

O Estado e uma partida de futebol

Chegamos ao fim do Brasileirão e, constantemente, durante todo o campeonato, assistimos a erros por parte da arbitragem no decorrer das partidas. Erros que têm o poder de mudar a trajetória do jogo, quando não o resultado de um campeonato. O árbitro é um profissional, contratado e remunerado, incumbido de fazer as regras serem cumpridas, mas não de interferir no trabalho dos jogadores.
Chegamos ao fim do Brasileirão e, constantemente, durante todo o campeonato, assistimos a erros por parte da arbitragem no decorrer das partidas. Erros que têm o poder de mudar a trajetória do jogo, quando não o resultado de um campeonato. O árbitro é um profissional, contratado e remunerado, incumbido de fazer as regras serem cumpridas, mas não de interferir no trabalho dos jogadores.
Os atletas, por sua vez, devem agir dentro das regras a fim de chegar ao seu objetivo, o gol. Nada é mais angustiante no futebol do que quando um juiz quer ser o personagem principal, interferindo a cada instante, marcando faltas inexistentes e elevando-se ao patamar de protagonista. As estrelas, no caso, devem ser os jogadores, não é mesmo? Atualmente, é possível realizar um paralelo entre uma partida de futebol e o Estado.
A função básica de um Estado de Direito é prover regras estabelecidas e claramente expostas, para que todos, igualmente, consigam planejar suas atividades, ou seja, possam jogar o "jogo". As normas devem ser justas, não admitindo privilégios para A ou B. No Brasil, a realidade segue um direcionamento oposto. Percebemos um Estado de um tamanho desproporcional, com tentáculos nas mais diversas áreas, agindo e interferindo em questões sem necessidade, como quando beneficia o setor A em detrimento de B, com subsídios e incentivos em qualquer esfera. Isso emperra a liberdade e dificulta a busca do bem-estar dos cidadãos.
O Estado quer ser o jogador, o técnico e a torcida, quer jogar em todas as pontas e não quer perder nenhum lance. Detém o poder da coerção, com seu apito "amigo", e consegue arbitrar, aleatoriamente, da forma que bem deseja. Acaba, assim, modificando o espetáculo e seu curso natural. Da mesma forma que o árbitro, o Estado deveria ater-se a seus princípios básicos e não interferir ou burocratizar o dia a dia daqueles que querem "jogar". É tão bom ver um jogo jogado. Ô, seu juiz, deixa a bola rolar.
Consultor financeiro e associado do IEE
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO