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Opinião

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 16:00

Na Venezuela, a esperança venceu o medo

O mundo democrático e livre acompanhou com euforia as eleições parlamentares na Venezuela. O mais fechado regime sul-americano, há 17 anos em processo de "Revolução Bolivariana", viu confirmar-se a vitória avassaladora da oposição no domingo. Vi como observador internacional, ao vivo, o resultado da política autoritária implementada no país por Chávez e por seu sucessor Maduro. Falta de papel higiênico nos supermercados, filas para comprar produtos básicos (quando há!), criminalidade recorde e uma inflação que corroeu o poder de compra do valor do salário, que vale US$ 10,00, levaram os venezuelanos a votar "sem medo", como conclamava a oposição.
O mundo democrático e livre acompanhou com euforia as eleições parlamentares na Venezuela. O mais fechado regime sul-americano, há 17 anos em processo de "Revolução Bolivariana", viu confirmar-se a vitória avassaladora da oposição no domingo. Vi como observador internacional, ao vivo, o resultado da política autoritária implementada no país por Chávez e por seu sucessor Maduro. Falta de papel higiênico nos supermercados, filas para comprar produtos básicos (quando há!), criminalidade recorde e uma inflação que corroeu o poder de compra do valor do salário, que vale US$ 10,00, levaram os venezuelanos a votar "sem medo", como conclamava a oposição.
Sem medo de retaliação de quem vê qualquer opositor como inimigo da revolução, inclusive prendendo adversários políticos com provas falsas; de quem não garante liberdade de expressão nem à imprensa e persegue jornalistas que reportam, simplesmente, a realidade; sem medo da ameaça de corte de benefícios sociais a quem votasse na oposição. Sem medo, inclusive, de integrantes de milícias bolivarianas que, com armamento pesado nas mãos, monitoravam os passos dos eleitores dentro dos centros de votação, abuso de poder que constatei com meus próprios olhos.
Ironicamente para os defensores de Maduro no Brasil (e cúmplices da desgraça dos nossos vizinhos), na Venezuela a esperança venceu o medo que uma população alegre costumava ter de um governo ditatorial, corrupto e demagogo. Com maioria absoluta no Parlamento, êxito conquistado a duríssimas penas, a oposição tem agora um desafio maior, mas com efeitos no longo prazo: promover as mudanças institucionais que garantam que a tragédia chavista jamais se repita. O fim do engodo do socialismo do século XXI venezuelano, assim como a derrota do populismo Kirchnerista na Argentina, dão provas de que os ventos de mudança seguem soprando na América Latina. O processo de impeachment de Dilma pode colocar o Brasil nessa rota muito em breve.
Deputado estadual (PP)
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