Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 15:41

Oposição pode obter dois terços no Legislativo

Presidente do MUD, Jesus Torrealba, assegurou ao menos 107 cadeiras

Presidente do MUD, Jesus Torrealba, assegurou ao menos 107 cadeiras


JUAN BARRETO/AFP/JC
A oposição venezuelana está mais perto de atingir a marca de dois terços de representantes no Legislativo, em uma dura derrota para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), em meio à crise econômica nacional. A coalizão oposicionista, liderada por Jesus "Chuo" Torrealba, presidente do Mesa da Unidade Democrática (MUD), assegurou pelo menos 107 das 167 cadeiras da Assembleia Nacional, enquanto o PSUV obteve 55, segundo os números mais recentes do Conselho Nacional Eleitoral.
A oposição venezuelana está mais perto de atingir a marca de dois terços de representantes no Legislativo, em uma dura derrota para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), em meio à crise econômica nacional. A coalizão oposicionista, liderada por Jesus "Chuo" Torrealba, presidente do Mesa da Unidade Democrática (MUD), assegurou pelo menos 107 das 167 cadeiras da Assembleia Nacional, enquanto o PSUV obteve 55, segundo os números mais recentes do Conselho Nacional Eleitoral.
Duas vagas ainda não estão definidas e há três para representantes apartidários dos indígenas. De acordo com a oposição, esses cinco representantes se alinharão a ela, de acordo com informações de agências estaduais eleitorais e outras fontes.
Independentemente do quadro final, o resultado já é um terremoto político para a oposição e o chavismo, movimento político que tinha o falecido presidente Hugo Chávez como expoente. Com a nova configuração, a oposição tem poderes para realizar emendas na Constituição, nomear membros na Suprema Corte ou até convocar um referendo sobre o possível fim do mandato de Nicolás Maduro e para convocar novas eleições. Isso poderia, obviamente, gerar mais confrontos políticos, em um país já muito dividido.
A economia venezuelana sofre com o declínio dos preços do petróleo. Neste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) deve encolher 10%, após recuar 4% no ano anterior, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A maioria dos economistas prevê que no próximo ocorra um encolhimento de cerca de 6%, no que seria a pior contração no país desde a Grande Depressão (1929).
A inflação, enquanto isso, está na casa dos 200% ao ano, e previsões apontam que pode atingir entre 350% e 800% em 2016. Há problemas com falta de alimentos, uma moeda que perdeu 81% de seu valor em 2015 e o mercado paralelo, além da segunda maior taxa de homicídios no mundo.
Entre os passos que podem ajudar a estabilizar a economia, estaria elevar o preço da gasolina mais barata do mundo, eliminando subsídios que custam ao governo cerca de US$ 12 bilhões ao ano. Também deve haver mudanças no sistema cambial, que produziu quatro taxas de conversão do dólar, e afrouxar os controles de preços, que ajudam os pobres, porém geram desabastecimento.
Maduro, porém, tem evitado adotar essas medidas. Para o governo, a vitória opositora foi parte de uma "guerra econômica" lançada por companhias e interesses estrangeiros, e não causadas por erros no gerenciamento do quadro.
Na segunda-feira, convocou os militantes do chavismo para uma "grande jornada de debate e diálogo", com o objetivo de analisar o "revés" nas eleições parlamentares e "fortalecer a revolução".
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO