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Economia

- Publicada em 21 de Dezembro de 2015 às 19:12

Recessão e câmbio melhoram contas externas em 2016

A alta do dólar e a queda na atividade econômica devem reduzir o déficit do Brasil com o exterior para US$ 41 bilhões em 2016, segundo o Banco Central (BC). A redução tem sido apontada pelo governo como o ajuste na economia brasileira que foi bem-sucedido em 2015.
A alta do dólar e a queda na atividade econômica devem reduzir o déficit do Brasil com o exterior para US$ 41 bilhões em 2016, segundo o Banco Central (BC). A redução tem sido apontada pelo governo como o ajuste na economia brasileira que foi bem-sucedido em 2015.
O número representa uma queda de 60% em relação aos mais de US$ 100 bilhões registrados dois anos antes, quando o câmbio e o ritmo de atividade ainda estimulavam importações, viagens ao exterior e remessas de lucro maiores. São esses os três fatores que devem contribuir novamente para que, em dois anos, o déficit recue de 4,31% para 2,66% do PIB (Produto Interno Bruto).
As exportações, por exemplo, devem ficar em US$ 190 bilhões em 2015 e 2016, mas as importações recuariam de US$ 175 bilhões para US$ 160 bilhões. O déficit com viagens ao exterior (despesas menos receitas com turismo) deve cair de US$ 18,7 bilhões, em 2014, para US$ 11,7 bilhões neste ano, e para US$ 9 bilhões no próximo.
As remessas de lucros de
US$ 20 bilhões projetadas para 2015 e 2016 também estão abaixo do nível de 2014 (US$ 31,2 bilhões). Também vão contribuir para reduzir o déficit a queda em gastos com aluguel de equipamentos e transporte (no comércio exterior, principalmente), por exemplo.
Para 2015, o BC projeta déficit de US$ 62 bilhões. Na comparação com o PIB, isso representa 3,48%, menor percentual desde 2013 (3,04%). A crise econômica deve derrubar os investimentos diretos em empresas brasileiras de US$ 96,9 bilhões (4% do PIB) em 2014 para US$ 66 bilhões (3,7% do PIB) em 2015, segundo projeção do BC. Para 2016, a instituição espera uma queda menor em valor nominal, para US$ 60 bilhões, o que significa aumento na comparação com o PIB, para 3,9%.
O investimento direto é a principal fonte de dólares para o Brasil e tem ajudado a manter o saldo entre entrada e saída de recursos positivos neste ano. Em 2015 e 2016, haverá dinheiro suficiente para financiar o déficit externo, ao contrário do que ocorreu em 2013 e 2014.
O BC prevê ainda que o investimento estrangeiro em ações de empresas brasileiras caia de US$ 11,8 bilhões, em 2014, para
US$ 10 bilhões em 2015, e US$ 6 bilhões em 2016. As aplicações em renda fixa no Brasil devem passar de US$ 27 bilhões, no ano passado, para US$ 13 bilhões neste ano, e US$ 6 bilhões no próximo.
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