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Economia

- Publicada em 21 de Dezembro de 2015 às 19:10

Dólar supera R$ 4,00 com dúvidas na Fazenda


A nomeação de Nelson Barbosa para comandar o Ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy não foi bem recebida pelo mercado, o que se refletiu na forte alta do dólar na sessão de ontem, dia em que a moeda ultrapassou os R$ 4,00, na maior cotação de fechamento desde setembro. Apesar dos esforços do novo ministro da Fazenda no sentido de tentar ganhar a confiança dos investidores, prevaleceu a percepção de que, sem Levy, o governo pode deixar de lado a austeridade fiscal e, com o objetivo de reaquecer a economia, pode enveredar para os moldes da "nova matriz macroeconômica" implementada por Guido Mantega no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Na visão do mercado, por ser mais alinhado à presidente, Barbosa pode adotar uma estratégia mais expansionista em sua gestão à frente da Fazenda.
A nomeação de Nelson Barbosa para comandar o Ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy não foi bem recebida pelo mercado, o que se refletiu na forte alta do dólar na sessão de ontem, dia em que a moeda ultrapassou os R$ 4,00, na maior cotação de fechamento desde setembro. Apesar dos esforços do novo ministro da Fazenda no sentido de tentar ganhar a confiança dos investidores, prevaleceu a percepção de que, sem Levy, o governo pode deixar de lado a austeridade fiscal e, com o objetivo de reaquecer a economia, pode enveredar para os moldes da "nova matriz macroeconômica" implementada por Guido Mantega no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Na visão do mercado, por ser mais alinhado à presidente, Barbosa pode adotar uma estratégia mais expansionista em sua gestão à frente da Fazenda.
O dólar à vista no balcão terminou o dia negociado a
R$ 4,0163, em alta de 1,39%. Esse foi o maior valor de fechamento desde 29 de setembro deste ano (R$ 4,0630).
A pressão de alta sobre o dólar à vista prevaleceu desde a abertura. Havia expectativa pela teleconferência de apresentação de Barbosa a investidores no fim da manhã, mas, ainda que o ministro tenha feito um discurso muito alinhado à política implementada por seu antecessor, não foi suficiente para convencer o mercado. Foi só a teleconferência acabar para o dólar renovar máximas sucessivas, até bater os
R$ 4,0408 ( 2,00%).
"Afinal, se a intenção é persistir na mesma linha de austeridade, absolutamente necessária para o País nesta fase de caos na economia e em especial na política fiscal, não há justificativa para a troca de ministro", avalia o diretor da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme. Para o economista, o ajuste fiscal é o único caminho para que o País possa estabelecer um programa crível de retomada do desenvolvimento sustentável a partir de 2017 ou 2018.
Já o Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira no menor nível desde 1 de abril de 2009. O principal indicador da bolsa brasileira fechou em queda de 1,62%, aos 43.199 pontos. Ontem, foi o primeiro dia em que a sessão regular do mercado à vista acabou às 18h, conforme decisão da BM&FBovespa por conta do horário de verão.
Contribuiu fortemente para o resultado negativo a desvalorização de ações estatais. Os papéis PN e ON da Petrobras chegaram a cair mais de 5%, assim como as ações do Banco do Brasil. "É o efeito Barbosa sobre as estatais", disse um operador de renda variável.
 
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