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Turismo

- Publicada em 20 de Dezembro de 2015 às 21:23

América Latina é opção para mochileiros no verão

Bruel já visitou vários destinos que a maioria dos viajantes desconhece

Bruel já visitou vários destinos que a maioria dos viajantes desconhece


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
A crise econômica no País e o alto custo do dólar podem ser empecilhos para os brasileiros que querem viajar para o exterior no verão de 2016, a não ser que a escolha dos viajantes seja curtir algum destino latino-americano onde a moeda local se assemelha ao real. Outra forma de driblar os preços dos pacotes internacionais é fazer seu próprio roteiro, optando por albergues e hostels, no lugar de hotéis, e por comidas de rua, ao invés das de restaurantes caros. Estas são dicas de quem tem experiência: "Quando se viaja sozinho e com os dias menos contados, bastam informações da internet para se encontrar o que fazer - e isso inclui ainda se hospedar em lugares que os pacotes de agência dificilmente se enquadrariam", sugere o publicitário Pedro Sander (30 anos), que percorreu por conta própria 52 países em 18 meses.
A crise econômica no País e o alto custo do dólar podem ser empecilhos para os brasileiros que querem viajar para o exterior no verão de 2016, a não ser que a escolha dos viajantes seja curtir algum destino latino-americano onde a moeda local se assemelha ao real. Outra forma de driblar os preços dos pacotes internacionais é fazer seu próprio roteiro, optando por albergues e hostels, no lugar de hotéis, e por comidas de rua, ao invés das de restaurantes caros. Estas são dicas de quem tem experiência: "Quando se viaja sozinho e com os dias menos contados, bastam informações da internet para se encontrar o que fazer - e isso inclui ainda se hospedar em lugares que os pacotes de agência dificilmente se enquadrariam", sugere o publicitário Pedro Sander (30 anos), que percorreu por conta própria 52 países em 18 meses.
"Quando se vai com todo roteiro montado, não há como desviar do plano. Mas quando o consumidor abre mão de ficar em hotel com piscina para ficar em um local mais singelo, por exemplo, o custo da viagem pode reduzir à metade", observa Sander. Neste sentido, ele afirma que é possível "se virar sozinho" em qualquer lugar do mundo, mas admite que atualmente o mais indicado para quem quer economizar em uma viagem para o exterior são destinos vizinhos do Brasil - com ou sem roteiro programado em pacote turístico. "Sem dúvida, a América do Sul está saindo bem mais em conta, pois o dinheiro da maioria dos países está valendo como o nosso", concorda a supervisora da agência CI na Região Sul, Ana Flora Bestetti. "Estamos recomendando para o verão países como a Colômbia. Além da riqueza histórica que se encontra em Bogotá, também Cartagena é muito interessante, por ser patrimônio da humanidade e por suas ilhas, para quem não quer perder de curtir uma praia neste verão."
Foi uma viagem à Bolívia, em 2009, que despertou o espírito de mochileiro do administrador de empresas Bruno Bruel (31 anos), quando subiu a pé os 6 mil metros da montanha Huayna Potosi, localizada no deserto de sal boliviano. "É um lugar incrível, que está do lado do Brasil, mas a maioria das pessoas não vai conhecer. Recomendo muito", diz Bruel. O valor para passar três dias no local, com direito a guia, hospedagem e alimentação, fica em torno de US$ 100. "Dorme-se cedo, para acordar em torno de 3h da madrugada e iniciar a subida da parte com neve. O tempo é calculado para se chegar no topo da montanha quando o sol está nascendo. Então, a paisagem é fantástica", descreve o administrador.
Para quem prefere desfrutar de praias paradisíacas e ainda visitar lugares históricos, o Panamá - na América Central - é uma dica interessante, fora do roteiro convencional Chile e Argentina, afirma Ana Flora. "As pessoas pensam que no Panamá só se vai para comprar ou para fazer conexão aérea para outros destinos. Mas lá é um país pequeno, com ilhas lindíssimas que vão do Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico e que podem ser conhecidas todas no mesmo dia", comenta a gestora da agência.

Tailândia, Nepal e África do Sul garantem choque cultural

Considerando que a moeda sul-africana (Rand) está em torno de R$ 0,30, dá para dizer que é um bom negócio optar por conhecer as savanas da África do Sul, ou a história da Cidade do Cabo, cuja parte turística inclui desde idas a vinícolas até praias com ondas adequadas para a prática do surfe ou passeios de barcos. "Nadar com tubarões é um dos atrativos do local, o que garante férias inesquecíveis", sugere a supervisora da agência CI na Região Sul, Ana Flora Bestetti.
Ainda que a passagem aérea seja um pouco mais cara, o publicitário Pedro Sander concorda que a África do Sul é uma alternativa não somente mais econômica, mas também ideal para quem quer fugir de destinos caros. "Na América do Sul, experiências como conhecer o Peru são inesquecíveis, assim como passear pelas savanas africanas ou visitar a Índia e o Nepal, no caso do Sudeste asiático", opina. "Também a Tailândia é um país lindo, que proporciona um choque cultural positivo (desde a comida até a forma como as pessoas falam, pausadamente e sempre em tom baixo), e com custo bastante barato", sugere Bruno Bruel, que recentemente visitou o país. "A Ásia, como um todo, tem lugares muito baratos para turistas. A passagem do Brasil para lá é cara, mas, quando se tem tempo para ficar, o custo, em comparação com a Europa, sai muito mais em conta."
Para o viajante tradicional, ir para as capitais da Europa nesta época é mais caro, opina Sander. "Além disso, é uma época onde tem muito turista, inclusive brasileiros, e, na minha opinião, isso tira um pouco a graça do lugar." Bruel sugere os destinos europeus para períodos de baixa temporada, como março, abril, maio, setembro, outubro e novembro.

Pacotes personalizados são ideais para quem quer roteiro exclusivo

Como nem sempre viajar por conta própria barateia a empreitada, resta outra opção para quem quer conhecer o exterior a partir da escolha pessoal, tanto da estadia quanto dos atrativos do pacote comprado em agência. "Na CI, temos um produto chamado Mochilão, que permite sair com tudo organizado - hotéis, transfers, passeios, passagens aéreas e seguro de vida -, porém de forma personalizada", explica a superintendente da agência na região Sul, Ana Flora Bestetti. "É uma alternativa para a pessoa montar sua própria viagem, com roteiros definidos por ela, mas com estrutura garantida antes do embarque."
A maior vantagem de comprar pacote turístico em uma agência é a segurança de ter quem resolva qualquer dificuldade que surja no trajeto, destaca a responsável pelo Departamento de Marketing da operadora UneWorld, Mariane Gonçalves. "Às vezes, o mochileiro compra passagem e hotel, mas não se preocupa com o seguro, que tem um custo baixo, por exemplo. São detalhes que as agências não esquecem", valoriza. Para quem pesquisa, é fácil encontrar descontos, acredita o diretor comercial da agência Egali, Guilherme Reischal. "É preciso considerar que os dois principais custos de uma viagem a passeio são as passagens aéreas e a acomodação", ensina.
Reischal dá a dica para o verão de 2016: "tem muito voo barato para os Estados Unidos". Uma viagem para o Chile está quase o mesmo preço que um período semelhante na Califórnia. "O mais importante é se programar com antecedência, aí se paga até a metade do preço." Já o diretor de marketing da agência de viagens on-line Viaja Net, Gustavo Mariotto, destaca que, apesar de os EUA estarem atrativos, deve-se considerar todos os gastos da viagem. Considerando o valor do câmbio, ele recomenda a América Latina para quem quer economizar. "Os países vizinhos ao Brasil estão aproximadamente 30% mais baratos do que outros destinos", diz. Mariotto concorda com a teoria de mochileiros experientes. "Apesar das vantagens dos pacotes, em alguns casos, esta pode ser uma alternativa limitada. Sai mais barato, porém o cliente, muitas vezes, não tem como escolher onde quer se hospedar, ficando submetido ao que estiver disponível."