Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 14 de Dezembro de 2015 às 20:04

Indústria brasileira prevê vantagens em médio e longo prazo

Setor de máquinas espera retomar negócios

Setor de máquinas espera retomar negócios


MARCO QUINTANA/JC
Marina Schmidt
A mudança no cenário político da Argentina já consolida alterações previstas na conjuntura econômica do país, com efeitos que vêm sendo repercutidos pelas entidades empresariais brasileiras. O recém-empossado governo argentino de Mauricio Macri confirmou nesta segunda-feira o fim da barreira de importação, a partir de 31 de dezembro, medida que impacta diretamente as relações comerciais do país com o Brasil, e que pode gerar vantagens para a indústria nacional.
A mudança no cenário político da Argentina já consolida alterações previstas na conjuntura econômica do país, com efeitos que vêm sendo repercutidos pelas entidades empresariais brasileiras. O recém-empossado governo argentino de Mauricio Macri confirmou nesta segunda-feira o fim da barreira de importação, a partir de 31 de dezembro, medida que impacta diretamente as relações comerciais do país com o Brasil, e que pode gerar vantagens para a indústria nacional.
Embora a repercussão ainda seja pequena, como salienta o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Hernane Cauduro, as perspectivas já começam a ser desenhadas. "A notícia é muito recente ainda", pondera. "O presidente Macri já sinalizava, na posse, para a abertura gradativa da economia argentina na medida em que tivessem condições de abrir o mercado", acrescenta com otimismo.
Para o mercado de máquinas e equipamentos, a Argentina sempre representou um grande mercado, que foi perdendo a expressividade diante das medidas protecionistas adotadas nos últimos anos. "A Argentina já foi nosso principal parceiro, antes do governo Kirchner. Temos esperança de retomar os negócios com o mercado argentino, e, claro, que não será como era antes, porque a indústria local se fortaleceu, mas nós temos condições de fornecer uma tecnologia muito avançada que eles não têm", declara Cláudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas Agrícolas (Simers).
A posição das duas entidades do segmento de máquinas é aguardar a chegada do próximo ano para identificar, com mais clareza, as oportunidades que surgirão. "As indústrias já estão se preparando para retomar contato com seus clientes antigos", detalha Bier. Prática condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a eliminação da Declaração Jurada Antecipada de Importação (Djai), que controlava o ingresso de produtos estrangeiros na Argentina, já estava prevista para ser concretizada até o final deste ano, lembra o presidente da Abicalçados, Heitor Klein. "É uma situação já esperada", afirma. "Evidentemente, ele está, também, cumprindo com o plano de governo exposto durante a eleição", contrasta.
Klein avalia que a indústria brasileira só será beneficiada no médio e longo prazo. "É preciso estar consciente de que no curto prazo essas medidas não deverão promover um incremento no comércio por conta das dificuldades econômicas do país e da desvalorização da moeda argentina", projeta.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO