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Conjuntura

- Publicada em 14 de Dezembro de 2015 às 19:13

IPCA para 2016 sobe de 6,70% para 6,80%, aponta Focus


A mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,80% ante 6,70% da semana passada e de 6,50% de quatro semanas atrás. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central (BC), que já avisou não focar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta.
A mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,80% ante 6,70% da semana passada e de 6,50% de quatro semanas atrás. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central (BC), que já avisou não focar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta.
No caso de 2015, a mediana avançou de 10,44% para 10,61%, registrando a 13ª semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Há quatro edições do documento, a mediana estava em 10,04%. No Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa passou de 10,61 para 10,72%.
Há quatro semanas, essa mediana estava em 10,28%. Para 2016, o grupo dos analistas que costumam acertar mais as estimativas, elevou a perspectiva para o IPCA de 2017 de 7,07% para 7,21%. Quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,98%.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais tanto no cenário de mercado quanto no de referência. Um novo RTI será divulgado antes do Natal.
Para a inflação de curto prazo, a estimativa para dezembro subiu de 0,85% para 0,90% de uma semana para outra ante taxa de 0,75% verificada há um mês. No caso de janeiro do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás estava em 0,80%. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente voltaram a subir, passando de 6,99% para 7,01% - quatro edições atrás estavam em 6,76%.
O boletim Focus mostra que a estimativa para a taxa Selic, taxa básica de juros da economia, passou de 14,25% para 14,63% no fim de 2016. A taxa sobe há quatro semanas seguidas, mas só agora passou de 14,25%. Isso significa que o mercado prevê um aumento da taxa de juros, que se mantém estável em 14,25% desde em setembro.
Ao mesmo tempo, pioraram as expectativas para o desempenho da economia brasileira em 2015 e em 2016. A estimativa atual é de uma retração de 3,62% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, ante 3,5% na semana anterior. Para 2016, a expectativa piorou de recessão de 2,31% para 2,67%.

FGV revisa projeção para variação do PIB do Brasil de 2015 para -3,6%

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) revisou sua projeção para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 para 3,6%, ante -3,3%, conforme era a estimativa antes de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar os dados sobre o terceiro trimestre. "Em meados de 2016, o PIB em quatro trimestres pode estar rodando em torno de retração de 4%", afirmou Silvia Matos, pesquisadora do Ibre/FGV e coordenadora do Boletim Macro Ibre, que divulgou ontem as projeções durante seminário realizado no Rio de Janeiro.
Para 2016, a instituição manteve a projeção de retração de 3%. "Se não tiver crescimento na margem, seria já uma retração de 2%", completou Silvia, referindo-se ao carregamento estatístico. Segundo a pesquisadora, as revisões deveram-se ao desempenho do setor de serviços. "É um setor que emprega muito", disse.
Além disso, a piora no desempenho do setor de serviços, em 2015 e para 2016, deve-se ao consumo das famílias. "O consumo das famílias cresceu 1,3% em 2014, mesmo com estagnação", lembrou Silvia. O Ibre/FGV projeta recuo de 3,7% no consumo das famílias este ano e retração de 3,6% em 2016.
Já para a inflação, o Ibre/FGV projeta IPCA de 2016 em 7,4%, ante os 10,5% esperados para este ano. Nas estimativas da entidade, os preços administrados, que fomentaram a inflação este ano, seguirão pressionando e variarão 8,5% em 2016.
Para Salomão Quadros, superintendente adjunto de Preços do Ibre/FGV, existe risco de novos reajustes na conta de luz. "Mesmo que a gente passe para a bandeira verde, o setor elétrico tem enormes passivos e há impacto cambial, já que a energia de Itaipu é dolarizada", disse Quadros.