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Mercado de capitais

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 19:21

Dólar segue tendência mundial e fecha em alta


O cenário internacional desfavorável e as incertezas no campo político brasileiro deram o tom dos negócios no mercado de câmbio ontem. Com dados negativos da economia da China e queda dos preços das commodities, o dólar avançou diante de diversas moedas, influenciando também o desempenho frente ao real. No mercado à vista, a moeda fechou em alta de 1,08%, cotada a R$ 3,8046.
O cenário internacional desfavorável e as incertezas no campo político brasileiro deram o tom dos negócios no mercado de câmbio ontem. Com dados negativos da economia da China e queda dos preços das commodities, o dólar avançou diante de diversas moedas, influenciando também o desempenho frente ao real. No mercado à vista, a moeda fechou em alta de 1,08%, cotada a R$ 3,8046.
A expectativa em torno de votações importantes na Câmara também concentrou as atenções. Para acrescentar mais incerteza no já complexo cenário político, a "carta-desabafo" do vice Michel Temer (PMDB) à presidente Dilma Rousseff (PT) foi um dos assuntos mais comentados do dia. Embora alguns correligionários de Temer tenham negado que a carta tenha sido uma sinalização de rompimento com o governo, essa foi a leitura majoritária no mercado.
O dólar chegou a exibir queda no início dos negócios, em reação à carta de Temer, que em tese reforçaria as apostas no impeachment. Os sinais negativos do exterior, no entanto, levaram a moeda americana a ganhar força diante da maioria das moedas pelo mundo, especialmente aquelas de países exportadores de commodities.
Dados negativos da China indicaram desaceleração da economia local, o que espalhou pessimismo pelos mercados. As exportações chinesas tiveram queda anual de 6,8% em novembro ante outubro, enquanto a previsão era de recuo de 5,3%. Já as importações recuaram 8,7% na mesma base de comparação, abaixo da previsão (-11,8%), mas ainda uma queda expressiva. Com dados negativos da economia da China e queda dos preços das commodities, as bolsas europeias e americanas recuaram, arrastando também a Bovespa, que terminou o dia com perda de 1,72%, aos 44.443 pontos.
Após o minério de ferro cair abaixo de US$ 40,00 na sexta-feira, diversas mineradoras anunciaram planos de reestruturação. A Anglo American comunicou corte de 85 mil empregos, venda de ativos, grandes reduções de custos e suspensão no pagamento de dividendos, em uma tentativa para enfrentar a forte queda nos preços das commodities. No mercado futuro, o dólar para liquidação em janeiro tinha alta de 0,72% às 17h55, cotado a R$ 3,825.

Investidor abre ação coletiva contra a Vale em Nova Iorque

Desastre provocado pela Samarco motiva o pedido de indenização

Desastre provocado pela Samarco motiva o pedido de indenização


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Em nome de um acionista, o escritório de advocacia Rosen entrou com uma ação coletiva contra a mineradora Vale na Justiça de Nova Iorque. O autor pede indenização por perdas causadas pela alegada omissão e distorção de informações sobre o contrato com a Samarco e os procedimentos ambientais e de segurança da companhia.
Em tese, a ação coletiva inclui como coautor todo investidor que tiver adquirido ativo da Vale nos Estados Unidos entre 21 de março e 30 de novembro de 2015.
Além da companhia, o presidente da empresa, Murilo Ferreira, e o chefe financeiro, Luciano Siani, são processados nominalmente no mesmo processo. A ação acusa os réus de não terem informado apropriadamente que o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), resultou no despejo de lixo tóxico e que a Vale estava autorizada, por contrato com a Samarco, a depositar resíduos de minério de ferro de sua estação de tratamento da mina da Alegria para o Fundão.
"Os procedimentos da Vale para mitigar incidentes ambientais, de saúde e de segurança eram inadequados e, como resultado, as declarações dos réus sobre as perspectivas e os negócios da companhia foram falsos e/ou sem bases razoáveis", diz o autor. Quando os detalhes "verdadeiros" foram tornados públicos, afirma, os investidores sofreram danos.
O advogado Phillip Kim, que assina ação, afirmou à reportagem que "muitos acionistas têm procurado o escritório com interesse em integrar a ação, desapontados com a perda de dinheiro". Sua expectativa é que o caso dure entre dois e quatro anos, mas é imprevisível.
Até fevereiro de 2016, outros autores podem propor processos semelhantes na corte Sul de Nova Iorque. O juiz, então, determinará qual será o líder da ação coletiva e a Vale poderá pedir o arquivamento da ação.
A mineradora disse, em nota que "ainda não há como nos posicionarmos sobre qualquer ação que tenha sido impetrada contra a Vale nos Estados Unidos, mas daremos as respostas apropriadas nos tribunais quando forem necessárias".