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Consumo

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 18:06

Black Friday não impede recuo de 0,3% do varejo

Apenas três segmentos não decepcionaram nos números, avalia Serasa

Apenas três segmentos não decepcionaram nos números, avalia Serasa


ROVENA ROSA/ABR/JC
Apesar de a Black Friday ter sustentando a alta de 0,8% nas vendas de móveis, eletrônicos e informática em novembro, a tradição do comércio norte-americano incorporada ao calendário brasileiro não impediu a retração de 0,3% na atividade do varejo do País como um todo no mês passado. O recuo registrado na comparação com o mês anterior foi o sexto consecutivo nesta base de comparação, segundo a Serasa Experian.
Apesar de a Black Friday ter sustentando a alta de 0,8% nas vendas de móveis, eletrônicos e informática em novembro, a tradição do comércio norte-americano incorporada ao calendário brasileiro não impediu a retração de 0,3% na atividade do varejo do País como um todo no mês passado. O recuo registrado na comparação com o mês anterior foi o sexto consecutivo nesta base de comparação, segundo a Serasa Experian.
Na margem, com exceção de móveis, eletrônicos e informática, todos os outros cinco segmentos pesquisados pela Serasa registraram retrações na comparação dessazonalizada com o resultado de outubro: material de construção (-11,5%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-1,6%), tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,4%), combustíveis e lubrificantes (-0,6%) e veículos, motos e peças (-0,1%).
Na comparação com novembro de 2014, a queda do comércio foi de 7,7%. Já no acumulado dos 11 primeiros meses do ano, o recuo ficou em 0,3%. Neste período, o padrão observado no resultado de novembro se repete: apenas o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática ainda registra expansão, de 0,9%, na comparação com igual período de 2014. Por outro lado, registram quedas no acumulado do ano veículos, motos e peças (-18,5%), material de construção (-1,7%), combustíveis (-1,4%), tecidos, vestuário, calçados (-1,2%) e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,5%).
A Serasa avalia que "o movimento continua retraído por conta dos juros cada vez mais altos, pela retração dos índices de confiança, pelo desemprego e pela inflação".

País deve fechar ano com maior nível de cheques sem fundos desde 2009

Dos mais de 600 milhões de cheques que devem ser movimentados até o fim de 2015, cerca de 14 milhões serão devolvidos por falta de fundos, segundo estimativa da Boa Vista SCPC. Com base nestes números, a proporção dos cheques devolvidos sobre o total movimentado deve ficar em cerca de 2,3%. Se confirmado, será o nível mais alto para a inadimplência com cheques desde 2009, de 2,1%.

Alta de inflação na baixa renda pode elevar desigualdade

O quadro da inflação percebida pelas famílias da baixa renda pouco deve mudar até o fim do ano, avalia o economista André Braz, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta de 11,22% em 12 meses no Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) até novembro deve remanescer em dezembro e pode promover o aumento da desigualdade entre classes. "Essas famílias estão menos protegidas contra aumentos de preços. Você dá com uma mão, a inflação tira com a outra", explica Braz.
"A inflação tem sido mais elevada justamente onde o orçamento dos mais pobres é mais exigido. Alimentação, habitação, com as contas de luz, e os transportes, que incluem ônibus, foram os grupos que mais subiram ao longo deste ano, com altas de dois dígitos."