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M�SICA Not�cia da edi��o impressa de 15/12/2015. Alterada em 14/12 �s 18h27min

As coincid�ncias e convic��es de Ian Ramil e Ava Rocha

THIAGO PICCOLI/DIVULGA��O/JC
Ian Ramil divulga Derivaciviliza��o

Ricardo Gruner

O gaúcho Ian Ramil e a carioca Ava Rocha cumprem uma agenda de shows pelo Rio Grande do Sul nesta semana, mas não são só os mesmos palcos que eles compartilham. Algumas coincidências fazem suas trajetórias dialogar: os dois lançaram o segundo álbum de suas carreiras neste ano (Derivacivilização e Ava Patrya Yndia Yracema, respectivamente) e ambos venceram o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte na categoria Revelação (ele, em 2014; ela, em 2015, quando também figurou na lista de melhores álbuns do New York Times). Por acaso, também são filhos de nomes consagrados - Vitor Ramil e Glauber Rocha - e acreditam em música transgressora em melodia e lirismo.
Em Porto Alegre, o espetáculo duplo pode ser visto na quinta-feira, no Theatro São Pedro (Mal. Deodoro, s/nº), às 20h. A apresentação tem ingressos por valores entre R$ 20,00 e R$ 80,00 - na bilheteria do local ou pelo site www.compreingressos.com. Como parte da turnê, ainda constam apresentações em Pelotas (na quarta-feira, no João Gilberto) e Novo Hamburgo (sexta-feira, no Pubis).
O Jornal do Comércio convidou os artistas a enviarem perguntas um ao outro. Confira o resultado a seguir:
Ava Rocha - Ian, quais são os aspectos (musicais, políticos, estéticos etc.) que você considera relevantes dentro no novo contexto da música brasileira?
Ian Ramil - Relevante para mim é o que foge do lugar-comum. Me interesso por quem busca rompimento, por quem busca caminhos próprios sem ficar se preocupando em agradar seja quem for. Gosto do estranho, do arriscado. Só não digo que todo o resto é irrelevante porque a predominância esmagadora da "fast moosic" no cenário é muito nociva para ser irrelevante.
Ava Rocha - Qual a relação dessa produção musical com a realidade do Brasil? Isso é importante?
Ian Ramil - Ao mesmo tempo que vejo um movimento dominante que se põe totalmente alheio à realidade, enxergo também um grupo pequeno (mas crescente) com vontade de se desconfortar e transgredir sem a necessidade de ficar simplesmente afagando o público, artistas que se relacionam de alma com o mundo (seja interno ou externo) e não ficam se dedicando a fazer produtos de fácil aceitação. Glutamato monossódico até vai de vez em quando, mas sempre não dá, a gente precisa do sabor real das coisas.
Ian Ramil - Ava, por que tu fazes música?
Ava Rocha - Faço música porque há mistérios, entre os quais a inspiração, a intuição e o devir, que me habitam e, dessa maneira, misteriosamente, e porque possuo o dom da voz, me entrego no que acredito ser a essência da minha existência: ser canal, ponte e desembocadura, tanto de esferas espirituais como reais, ligadas ao meu tempo e também extemporâneas. Faço música porque acredito que é mais que uma manifestação artística, é uma arma política e poética, e é uma linguagem de conexão, de poder, de cura, que carrega a história dos tempos, no corpo e na natureza. Faço música porque com ela posso mergulhar no profundo do silêncio e gritar a violência da ira; porque quero ser feliz e não findar; faço música não por escolha, mas por paixão. Não faço música, sou música, como sou cinema, como sou água, como sou viva.
Ian Ramil - Enxergo muito a natureza no teu disco, tanto a humana quanto a que a humanidade insiste sem sucesso tentar apartar. Qual é o destino da espécie?
Ava Rocha - Não tenho como antever o futuro da espécie, mas acredito que um futuro positivo dependa de uma transformação radical, de uma ruptura para um novo momento em que nós humanos urgimos na necessidade de nos reconectarmos com as coisas que realmente importam. E sinto que estamos vivendo esse momento, ao mesmo tempo que o mundo parece acabar, um novo mundo parece estar em gestação. Temos que confiar e acreditar nesse momento favorável para o empoderamento e a reinvenção, e os jovens, como estão mostrando os estudantes em São Paulo, são a manifestação viva disso!
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