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Artes visuais Not�cia da edi��o impressa de 07/12/2015. Alterada em 18/12 �s 19h07min

A cole��o pop de Eduardo Vieira da Cunha

ANTONIO PAZ/JC
Eduardo Vieira da Cunha abre nova exposi��o hoje

Michele Rolim

O pintor, desenhista e fotógrafo porto-alegrense Eduardo Vieira da Cunha, 59 anos, coleciona imagens. Barcos, trens, carros, ônibus e aviões são figuras que, de alguma maneira, estão permanentemente presentes em seus trabalhos e na sua estante.
Para a exposição Quadrinhos e o espírito pop, que inaugura hoje, das 18h às 20h, na Pinacoteca Ruben Berta (Duque de Caxias, 973), Cunha usou como inspiração para suas pinturas e objetos uma parte de sua coleção de HQs, como os clássicos protagonizados pelos heróis Flash Gordon, Mandrake e Fantasma, mas também quadrinhos de vanguarda, como Robert Crumb e seu Mr. Natural, que chegou ao Brasil através da revista Grilo, nos anos 1970.
O convite partiu do diretor do acervo da pinacoteca, Flávio Krawczyk, e da coordenadora de artes plásticas da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, Anete Abarno. Ambos propuseram ao artista que elaborasse trabalhos dialogando com o acervo da pinacoteca. Cunha elegeu como interlocutores obras de Adelson Filandelfo do Prado, Alan Davie, Bill Maynard, Fernando Duval, Glênio Bianchetti, João Alves de Oliveira, Marcelo Grassmann e Roberto Campadello. Os trabalhos desses artistas também integram a exposição Quadrinhos e o espírito pop, somando-se às 12 pinturas e dois objetos criados por Cunha.
Para ele, o "espírito pop" que aparece no nome de sua exposição está afinado com o perfil da Pinacoteca Ruben Berta, que acompanha o movimento dos anos 1950 e 1960, marcado por uma arte mais ligada à sociedade de consumo. O artista lembra ainda que pinacoteca é fruto de um projeto pessoal do magnata das comunicações Assis Chateaubriand, de criar museus regionais em vários pontos do País, e surgiu exatamente nos anos 1960, começo da pop art, movimento com o qual sua obra se comunica diretamente.
A questão do colecionismo se reflete em toda a obra dele, conhecido ainda por retratar lembranças da infância e por questionar a relação da arte com o real. "Sempre juntei muitos objetos, e muitas dessas coisas acabavam indo para a tela. Então, acho que o próprio ofício de artista e de pintor tem um pouco desse colecionador, de dar uma determinada ordem e sentido para a coleção. Por este material estar próximo de mim e por ser algo afetivo, acaba encontrando seu lugar nas telas", complementa Cunha, que também é professor do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes (IA) da Ufrgs.
Com duas filhas de diferentes gerações, ele conta que "roubava" os brinquedos delas para colocar nos seus trabalhos ou nas suas coleções, alimentando-se desse universo infantil. "As pessoas percebem no meu trabalho um pouco desse olhar da infância, ambientado especialmente nos anos 1960, representados pelos modelos de carros e de aviões. Acho que não são apenas lembranças de infância - é também uma maneira de se pensar o tempo. Os meios de transportes são deslocamentos temporais, uma forma de comunicação como qualquer outra."
Na exposição, Cunha propõe uma narrativa diferenciada: o espectador se depara, na maioria das telas, com uma espécie de grade pintada, isolando quadro a quadro os elementos visuais e sugerindo uma inevitável aproximação com o formato gráfico das HQs. "Na verdade, as histórias em quadrinhos são uma forma de apresentar a ficção que permite a leitura nas entrelinhas. Em Quadrinhos e o espírito pop, meus quadros também se encontram dispostos um ao lado do outro, o que suscita uma espécie de imaginação temporal, que também marca o processo da leitura", opina.
Segundo Cunha, a pintura, embora seja um ofício mais metódico - até mesmo pré-histórico -, também se alimenta dos elementos que nos circundam e dos meios de comunicação. "A questão é que ela muda, enquanto a técnica permanece mesmo que surjam novos materiais."
A mostra Quadrinhos e o espírito pop pode ser visitada até 19 de fevereiro de 2016, de segundas a sextas-feiras, das 10h às 18h, na Pinacoteca Ruben Berta (Duque de Caxias, 973). A entrada é franca.
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