Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 23 de Novembro de 2015 às 18:58

Amigo de Lula tenta sair de negócio sob suspeita

Convocado a dar explicações sobre as suspeitas de tráfico de influência e de favorecimento em contratos firmados pelo Bndes, o pecuarista José Carlos Bumlai, por meio de sua defesa, enviou documento à CPI que investiga fraudes no banco de fomento em que reforça que são seus filhos e não ele os proprietários de empresas investigadas pelos parlamentares.
Convocado a dar explicações sobre as suspeitas de tráfico de influência e de favorecimento em contratos firmados pelo Bndes, o pecuarista José Carlos Bumlai, por meio de sua defesa, enviou documento à CPI que investiga fraudes no banco de fomento em que reforça que são seus filhos e não ele os proprietários de empresas investigadas pelos parlamentares.
O argumento, porém, não convenceu os membros do colegiado: Bumlai disse que são seus filhos que administram as usinas São Fernando Energia 1 e São Fernando Açúcar e Álcool, localizadas em Dourados, no Mato Grosso do Sul. O pecuarista, amigo do ex-presidente Lula, é alvo da Operação Lava Jato.
As usinas que envolvem o parceiro de Lula, conforme mostrou a Folha de S.Paulo, foram beneficiadas por um desvio de norma do Bndes que permitiu um aporte de R$ 101,5 milhões em suas contas, embora as empresas não tenham apresentado condições de honrar com o empréstimo. O grupo São Fernando, à época, amargava uma dívida de
R$ 1,2 bilhão e suas auditorias levantavam dúvidas sobre a "capacidade de continuidade" da empresa.
A manifestação da defesa de Bumlai causou estranheza em membros da CPI, já que foi protocolada sem estar vinculada a um questionamento específico, e foi vista como uma possível estratégia para evitar a ida dele ao colegiado.
O documento foi enviado às vésperas de o pecuarista sentar-se à tribuna da CPI justamente para dar explicações justamente sobre os benefícios que recebeu do banco. A audiência está prevista para a tarde de hoje, mas ainda depende de uma decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em relação a recurso apresentado pelo PT contra a convocação do empresário.
Além das suspeitas em negócios firmados com o Bndes, também recai sobre o pecuarista a acusação de ter recebido US$ 2 milhões em propina paga pelo lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano. Em acordo de delação premiada firmado no âmbito da Lava Jato, o operador do PMDB afirmou que uma nora de Lula seria o destino final do dinheiro. A convocação de Bumlai na CPI foi alvo de dura obstrução do PT e do PMDB.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO