Após muitas semanas de turbulências, impasses, retiradas de quórum e articulações para a votações de textos polêmicos, como a redução do limite de pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs), a sessão ordinária da Assembleia Legislativa foi marcada pela tranquilidade e pelo número reduzido de matérias analisadas. Quatro projetos foram aprovados, todos sem maior impacto. O destaque do dia foi a estreia de um novo sistema de votação eletrônico no plenário.
O processo de votação será realizado através de tablets e possibilitará que, além de se posicionar sobre os projetos de lei, os deputados também possam fazer inscrições para manifestações na tribuna, acompanhar o texto de projetos de lei e enviar pareceres de forma mais ágil.
Na votação dos projetos, o primeiro aprovado foi o veto parcial do projeto de lei que dispõe sobre a Gestão Democrática no Ensino Público, de autoria da deputada Regina Becker (PDT). O Executivo vetou o trecho do projeto que estabelece prazos para as eleições de diretor e vice-diretor e foi considerado inconstitucional por interferir na gestão do governo.
Também foram aprovadaa a Semana do Empreendedor e do Combate à Dengue e a Política Estadual de Conscientização e Orientação sobre duas formas da doença lúpus, proposta por Diógenes Basegio (PDT). O deputado terá o pedido de cassação analisado na próxima semana e pode ter tido o último projeto aprovado na Casa.
Além da análise do caso Basegio - acusado de quebra de decoro parlamentar -, o plenário terá como tarefas dos próximos dias a análise do orçamento do Estado e projetos remanescentes dos pacotes de ajuste fiscal do governador José Ivo Sartori (PMDB), como a criação da subsidiária do Banrisul.
Um novo pacote de projetos, que deve versar sobre a gestão de estatais, é aguardado, mas ainda não foi encaminhado. A expectativa é de que chegue, no máximo, até a próxima semana, para que possa ser votado antes do recesso ou em sessões legislativas extraordinárias, entre o período de Natal e Réveillon.