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Política

- Publicada em 05 de Novembro de 2015 às 19:04

Governo se articula e evita convocação de Antonio Palocci

Ex-ministro dos governos de Lula e de Dilma, Palocci foi blindado

Ex-ministro dos governos de Lula e de Dilma, Palocci foi blindado


WILSON DIAS/ABR/JC
A base aliada ao governo se articulou nesta quinta-feira para impedir a convocação do ex-ministro Antonio Palocci pela CPI do Bndes. Palocci comandou a Fazenda no governo Lula (PT) e a Casa Civil durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
A base aliada ao governo se articulou nesta quinta-feira para impedir a convocação do ex-ministro Antonio Palocci pela CPI do Bndes. Palocci comandou a Fazenda no governo Lula (PT) e a Casa Civil durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
Palocci prestou consultorias para empresas que fizeram contratos de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), como o Grupo Caoa. Relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que o ex-ministro movimentou, em duas contas, R$ 216,2 milhões entre 2006 e março deste ano.
No caso da convocação de Palocci, não chegou a haver votação nominal, quando há contagem de votos de cada deputado. Isso não foi obrigatório, porque o presidente da CPI, Marcos Rotta (PMDB-AM), havia acabado de fazer uma verificação de votos em que o governo vencera por 17 a 6.
Numa demonstração de que PT e PMDB voltaram a se entender, os dois partidos votaram unidos - ora a favor, ora contra - na série de requerimentos de informações e convocações na comissão que investiga irregularidades no banco de desenvolvimento. A ação governista pegou de surpresa a oposição, que, sem alternativa, só pôde reclamar. "Hoje, nós assistimos ao enterro desta CPI. O que vamos fazer aqui?", indagou a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). "O governo veio organizado para derrubar tudo", completou Betinho Gomes (PMDB-PE).
Quase no final da sessão, foi posto em discussão o requerimento de convocação do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. Não houve tempo de o requerimento ser apreciado. Contudo, numa votação anterior, com a anuência da base, foi aprovado o acesso aos contratos assinados entre o Bndes e as empresas de Bumlai. Ele também aparece nas investigações da Operação Lava Jato.
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