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Opinião

- Publicada em 23 de Novembro de 2015 às 17:12

Populismo começa a perder espaço na América do Sul

Como previsto pelas pesquisas, o prefeito de Buenos Aires e opositor da presidente Cristina Kirchner, Mauricio Macri, da coalizão Cambiemos (Mudemos), é o novo presidente da Argentina. Foi eleito e receberá a faixa presidencial no dia 10 de dezembro, colocando fim a 12 anos (entre 2003 e 2015) de Kirchnerismo, com Néstor Kirchner e, depois, com sua viúva, Cristina Kirchner. Por isso, a frase mais ouvida nas ruas de Buenos Aires e outras grandes cidades argentinas era "cansamos do kirchnerismo".
Como previsto pelas pesquisas, o prefeito de Buenos Aires e opositor da presidente Cristina Kirchner, Mauricio Macri, da coalizão Cambiemos (Mudemos), é o novo presidente da Argentina. Foi eleito e receberá a faixa presidencial no dia 10 de dezembro, colocando fim a 12 anos (entre 2003 e 2015) de Kirchnerismo, com Néstor Kirchner e, depois, com sua viúva, Cristina Kirchner. Por isso, a frase mais ouvida nas ruas de Buenos Aires e outras grandes cidades argentinas era "cansamos do kirchnerismo".
O segundo turno eleitoral foi inédito nas eleições da Argentina. Evidentemente que houve festa entre os apoiadores de Macri e lágrimas entre eleitores de Daniel Scioli candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner. A diferença entre ambos os candidatos foi menor do que a previsão dos analistas políticos e as pesquisas ou seja, Macri recebeu 51,46% dos votos e Scioli, 48,54%, menos do que os até 10% como alguns previam.
Sergio Berensztein, professor de Ciência Política da Universidade Torcuato Di Tella, afirmou que "foi uma diferença muito parecida de Macri e Scioli com a de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), em 2014, quando Dilma teve 51,64% dos votos ante os 48,36% de Aécio".
A economia foi o fator decisivo, pois os números oficiais da Casa Rosada, dizem os institutos independentes, sobre inflação, PIB, desemprego, exportações e contas públicas eram piores do que os anunciados. Muitos lembraram o que ocorreu nos Estados Unidos (EUA), quando Bill Clinton superou George Bush, de maneira inesperada, em 1992. George Bush venceu a Guerra do Golfo e resgatou a autoestima dos norte-americanos após a dolorosa derrota no Vietnã. Assim, era o favorito absoluto nas eleições de 1992 ao enfrentar o desconhecido governador de Arkansas, Bill Clinton. O marqueteiro de Clinton, James Carville, apostou que Bush não era invencível com o país em recessão e cunhou a frase que virou case de marketing eleitoral: "É a economia, estúpido!"
Exatamente como o ocorrido agora na Argentina e com a decepção e o esgotamento do populismo demagógico. Não que programas no Brasil, por exemplo, não sejam socialmente corretos, como a inclusão social nas universidades, o Minha Casa Minha Vida e outros. No entanto, houve esbanjamento de verbas em áreas não tão nobres e eficazes, além das vigarices astronômicas na Petrobras, com o desvio fraudulento de bilhões de reais que agora fazem falta para os cofres da União.
Mauricio Macri que virá a Brasília antes da posse pretende fazer um ajuste nas contas públicas da Argentina, mas ressalta que "é verdade o que dizemos, que queremos unir os argentinos, que podemos ter pobreza zero, que podemos combater o tráfico de drogas".
Pregou a unidade do país. "Os que não votaram na gente, que se juntem a nós, porque temos que agir unidos. É para melhorar a vida de todos." Claro que, aí, será difícil, como é tradição latino-americana. Quem é de oposição dirá que tudo está errado e que "conquistas" foram perdidas. Mas o fato é que começou uma mudança em prol de mais pragmatismo, economia de mercado, geração de empregos e investimentos na infraestrutura, o que o Brasil precisa, igual à Argentina.
Então, que o Brasil mire a Argentina, a fim de que nossos políticos, como pessoas privilegiadas, abram os olhos telescópicos para descobrir o que se passa no país vizinho. Pode ser que o Brasil seja a Argentina amanhã, como foi dito várias vezes no passado.
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