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Opinião

- Publicada em 26 de Novembro de 2015 às 16:29

Lutzenberger não será esquecido

Em 2002, o ambientalista José Lutzenberger deixou vago um espaço ainda não ocupado. Ele foi um arauto do instinto de vida. Posicionou-se corajosamente contra o uso indiscriminado de poluentes e de outros agentes que destroem a natureza. Lutou com denodo e coragem para que o ser humano não integrasse a legião das espécies extintas. Às ciências psicológicas, especialmente à psicanálise, cabe a tarefa de descobrir por que o homem se destrói com o emprego criminoso de substâncias tóxicas, para citar esses meios. O extraordinário defensor da natureza desprezou críticas e até ameaças de certos condutores dos oligopólios produtores de insumos poluentes. Soberana e decididamente, os enfrentou com o "exército" interno, com manobras permanentes, para a batalha contra a morte do cosmos.
Em 2002, o ambientalista José Lutzenberger deixou vago um espaço ainda não ocupado. Ele foi um arauto do instinto de vida. Posicionou-se corajosamente contra o uso indiscriminado de poluentes e de outros agentes que destroem a natureza. Lutou com denodo e coragem para que o ser humano não integrasse a legião das espécies extintas. Às ciências psicológicas, especialmente à psicanálise, cabe a tarefa de descobrir por que o homem se destrói com o emprego criminoso de substâncias tóxicas, para citar esses meios. O extraordinário defensor da natureza desprezou críticas e até ameaças de certos condutores dos oligopólios produtores de insumos poluentes. Soberana e decididamente, os enfrentou com o "exército" interno, com manobras permanentes, para a batalha contra a morte do cosmos.
O futuro poderá ter ciência da ação de nenhum presidente, ministro, ou qualquer autoridade, mas terá consciência de que em Pantano Grande (RS) viveu um José Lutzenberger, que legou à sua geração às vindouras um exemplo de vida e um catecismo ecológico, para que o planeta não sucumba. Seus exemplos foram profícuos em vida, como na hora da morte. No ato do sepultamento, dispensou toda e qualquer cerimônia, todo e qualquer cerimonial, sua cosmo visão levou-o a abdicar dos meios clássicos, para deitar na sepultura, não envolto em plásticos, mas em folhas de árvores que ele fez renascer. Assim, empreendeu a volta ao útero terráqueo. Ele mesmo diz: "Em vida, defendi a terra, não será com a morte que irei degradá-la".
A fusão biológica terra-homem teria significado para ele o zero ontogênico da espécie. Na sua junção com o solo amado, bilhões incalculáveis de microrganismos continuarão proliferando. Seu corpo, convertido numa unidade cromossômica, simbolizou uma missão procriadora como destinação telúrica, para fecundar a terra de onde a vida renasce.
Jornalista e psicanalista
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