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Opinião

- Publicada em 25 de Novembro de 2015 às 15:56

Mulheres fazendo história

Quem se move constrói a história. A chamada Primavera das Mulheres é um desabrochar feminino, um grito de "chega!" resultante de décadas de violência, machismo, misoginia, intolerância e desigualdade e que pode, sim, iniciar um processo de mudança na nossa sociedade. O estopim mais recente é a tramitação do Projeto de Lei nº 5.069/13, do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que criminaliza o aborto legal.
Quem se move constrói a história. A chamada Primavera das Mulheres é um desabrochar feminino, um grito de "chega!" resultante de décadas de violência, machismo, misoginia, intolerância e desigualdade e que pode, sim, iniciar um processo de mudança na nossa sociedade. O estopim mais recente é a tramitação do Projeto de Lei nº 5.069/13, do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que criminaliza o aborto legal.
Ou seja, como se não bastasse a dificuldade de se discutir o direito reprodutivo e a legalização do aborto, ainda temos de lidar com o retrocesso no âmbito do próprio aborto legal. Vale destacar que o aborto clandestino é um grave problema de saúde pública que precisa ser discutido; afinal, estima-se que 200 mil mulheres morram todos os anos em decorrência desta prática.
O feminicídio é outra questão que mostra a fragilidade, ainda hoje, da condição feminina. De acordo com o Mapa da Violência 2015 - Homicídio de Mulheres no Brasil, em 2013 houve 4,8 mortes de mulheres por 100 mil habitantes, índice que coloca o País como o quinto que mais mata mulheres.
Portanto, estas manifestações bem como os 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero e a Marcha das Vadias têm o condão de pôr em pauta questões por muito tempo silenciadas ou tratadas de maneira marginal. Estes atos evidenciam a urgência de sermos ouvidas e a necessidade de que haja desdobramentos no campo das políticas públicas capazes de responderem às necessidades das mulheres.
O que une todas nós é o direito de viver sem temer a violência e o preconceito velado de uma sociedade que ainda permanece patriarcal e machista; o direito, em todos os níveis de gestão, de uma política integral de atenção à saúde da mulher e suas diversidades; o direito de enfrentarmos o debate sobre a questão sexual e reprodutiva sem tabus ou dogmas religiosos; o direito básico, enfim, à igualdade e à dignidade de todas nós.
Vereadora de Porto Alegre (PCdoB)
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