Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 13 de Novembro de 2015 às 17:30

R$ 6,3 bilhões de arrecadação menor!

Muita gente duvida da situação financeira do Estado apresentada pelo governo, e acha que ele está escondendo a realidade, por conveniência administrativa. Como sempre existiu uma saída, continuam achando que ele tem uma carta na manga a ser tirada no momento oportuno. Trata-se de ledo engano, que pode ser demonstrado pela execução orçamentária da Administração Direta até outubro. A verdade é que o governo passado criou despesas muito além da capacidade financeira do Estado. E para dissimular isso, elaborou para 2015 um orçamento que, embora aritmeticamente equilibrado, como soe ocorrer com os orçamentos, traz uma déficit oculto de R$ 5,4 bilhões, decorrente de despesas subestimadas e, principalmente, de receitas superestimadas. Essa constatação, na visão de muitos, era um exagero, uma ficção, mas o tempo se encarregou de confirmar a veracidade do déficit citado. Se compararmos a receita prevista para o exercício, na proporção do ano decorrido até outubro, com a efetivamente arrecadada no mesmo período, tem-se um ingresso a menor de R$ 6,3 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões de receitas correntes e R$ 1,8 de receitas de capital, ou uma frustação de receita de 17%. Nas receitas correntes, o item principal é o ICMS, com R$ 2,2 bilhões a menos.
Muita gente duvida da situação financeira do Estado apresentada pelo governo, e acha que ele está escondendo a realidade, por conveniência administrativa. Como sempre existiu uma saída, continuam achando que ele tem uma carta na manga a ser tirada no momento oportuno. Trata-se de ledo engano, que pode ser demonstrado pela execução orçamentária da Administração Direta até outubro. A verdade é que o governo passado criou despesas muito além da capacidade financeira do Estado. E para dissimular isso, elaborou para 2015 um orçamento que, embora aritmeticamente equilibrado, como soe ocorrer com os orçamentos, traz uma déficit oculto de R$ 5,4 bilhões, decorrente de despesas subestimadas e, principalmente, de receitas superestimadas. Essa constatação, na visão de muitos, era um exagero, uma ficção, mas o tempo se encarregou de confirmar a veracidade do déficit citado. Se compararmos a receita prevista para o exercício, na proporção do ano decorrido até outubro, com a efetivamente arrecadada no mesmo período, tem-se um ingresso a menor de R$ 6,3 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões de receitas correntes e R$ 1,8 de receitas de capital, ou uma frustação de receita de 17%. Nas receitas correntes, o item principal é o ICMS, com R$ 2,2 bilhões a menos.
A crise econômica contribuiu para tudo isso. Das receitas de capital, orçadas em R$ 2,4 bilhões, ingressaram apenas 10%. Das operações de crédito, praticamente nada ingressou, porque o Estado está com o nível de endividamento acima do limite, e das transferências federais de capital ingressaram apenas 9% do orçado. Estava no rol das receitas de capital a expressiva soma de R$ 1 bilhão, que foi colocada no orçamento apenas para justificar a dotação para investimentos que, logicamente, não pôde ser realizada. O mais grave ainda é que as fontes extras de receita, como os depósitos judiciais, estão cada vez mais esgotadas, e estamos diante de uma arrecadação muito menor do que a prevista.
Contador e economista
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO