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Internacional

- Publicada em 08 de Novembro de 2015 às 16:09

Votação transcorre sem problemas

Manifestantes da oposição saíram às ruas para apoiar Aung San Suu Kyi

Manifestantes da oposição saíram às ruas para apoiar Aung San Suu Kyi


YE AUNG THU/AFP/JC
Transcorreu de forma tranquila, sem registro de violência, a primeira eleição nacional livre de Mianmar em 25 anos - a antiga Birmânia foi governada por militares de 1962 a 2011. Serão eleitos membros para os parlamentos nacional e regional. A expectativa é a de que o partido de oposição, liderado por Aung San Suu Kyi, tenha a maioria dos votos.
Transcorreu de forma tranquila, sem registro de violência, a primeira eleição nacional livre de Mianmar em 25 anos - a antiga Birmânia foi governada por militares de 1962 a 2011. Serão eleitos membros para os parlamentos nacional e regional. A expectativa é a de que o partido de oposição, liderado por Aung San Suu Kyi, tenha a maioria dos votos.
Cerca de 30 milhões de pessoas participaram ontem da histórica eleição no país do Sudeste asiático. A comissão responsável anunciou, antes de fechar os colégios eleitorais, que a participação "chegou a 80%". O anúncio do resultado, no entanto, pode levar vários dias, por conta da dificuldade de contagem em regiões mais remotas.
A atenção midiática se concentra em Suu Kyi, que passou mais de 15 anos em prisão domiciliar e, aos 70 anos, votou pela segunda vez em seu país. Vestida de vermelho, a cor de seu partido (Liga Nacional para a Democracia, a LND), a candidata depositou a cédula na urna em uma escola de Rangum, rodeada por centenas de jornalistas do mundo todo. Aclamada por seus simpatizantes aos gritos de "vitória", Suu Kyi saiu sem dar declarações à imprensa, rumo a Kawhmu, onde espera renovar o posto de deputada conquistado nas legislativas parciais de 2012, com uma esmagadora vitória da LND.
Longe da atenção midiática que rodeia a rival, o presidente Thein Sein votou em Naypyidaw, a capital administrativa. Seu partido, o União, Solidariedade e Desenvolvimento (USDP), formado por ex-generais, é o principal rival da LND. A tensão, salpicada por entusiasmo e preocupação, se agrava quando a LND aparece como grande favorita das eleições - e poderia chegar a governar depois de décadas de repressão. Sein disse que seu governo e o Exército, que abandonou o poder há apenas cinco anos, vão respeitar os resultados das eleições.
"Vamos trabalhar juntos na nova arena política", disse ele. "Para chegar onde estamos, tivemos de superar uma história difícil. Não foi fácil realizar essas eleições. Essa votação vai mudar nosso destino, especialmente nessa transição importante, e por isso eu encorajo todos a votarem."
Durante as últimas eleições consideradas livres, em 1990, a comissão permitiu que a LND participasse e vencesse. Os resultados, porém, não foram reconhecidos, e Suu Kyi, então em prisão domiciliar, não pôde votar. Em 2010, seu grupo incitou o boicote aos comícios. A atual eleição está sendo considerada uma prova do êxito da transação democrática iniciada há quatro anos, com a dissolução da Junta Militar que governou o país com mãos de ferro desde 1962.
Sein foi primeiro-ministro da última Junta Militar e, desde 2001, encabeça um governo civil que defende a implementação de reformas no sentido de uma "democracia disciplinada". O eleitos tomarão posse em 2016. Depois, a Assembleia Legislativa deve eleger o chefe de Estado para um mandato de cinco anos.
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