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Internacional

- Publicada em 04 de Novembro de 2015 às 15:25

Erdogan avalia referendo para expandir poderes do Executivo

Presidente promete negociar com a oposição

Presidente promete negociar com a oposição


ADEM ALTAN/AFP/JC
Três dias após uma importante vitória eleitoral, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reiterou sua intenção de reformar o sistema político do país e expandir os poderes do Executivo, atualmente limitados. Segundo um porta-voz de Erdogan, o país pode organizar um referendo sobre a questão.
Três dias após uma importante vitória eleitoral, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reiterou sua intenção de reformar o sistema político do país e expandir os poderes do Executivo, atualmente limitados. Segundo um porta-voz de Erdogan, o país pode organizar um referendo sobre a questão.
No domingo, o conservador Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco), fundado por Erdogan, venceu as eleições legislativas antecipadas e reconquistou a maioria das cadeiras do Parlamento. O resultado foi surpreendente até mesmo para os líderes da legenda. Apesar da vitória eleitoral, falta ao AKP 13 cadeiras das 330 necessárias para aprovar reformas constitucionais e mudar o sistema político.
Em seu primeiro grande discurso desde a eleição, Erdogan declarou ontem, em Ancara, que o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu consultaria líderes da oposição sobre uma reforma da Constituição. Caso as negociações falhem, o governo deve apoiar uma consulta à população sobre a mudança do sistema político, informou o presidente.
Ontem, mais cedo, o porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, falou a jornalistas sobre a intenção do governo de organizar um referendo. "Uma questão como o sistema presidencial não pode ser decidida sem a nação. Se o mecanismo requerer o referendo, então organizaremos um referendo", disse Kalin. "Qual é o melhor modelo para nós? Levando em conta os resultados da eleição de 1 de novembro, isso é algo que será resolvido ao perguntarmos para as pessoas."
A ideia de expandir os poderes da presidência turca é defendida há muito tempo pelo AKP. A proposta é rechaçada pela oposição, que acusa Erdogan de autoritarismo e de fazer uso de uma retórica polarizada.
O premiê também reforçou que a Turquia vai continuar seu combate contra os curdos até que o último militante seja "liquidado" e que não é hora para negociar. Em julho, o governo e insurgentes do Sul romperam um cessar-fogo negociado em 2013. Desde então, centenas de pessoas morreram. Os curdos, minoria étnica concentrada em áreas da Turquia, da Síria, do Iraque e do Irã, são considerados o maior povo apátrida do mundo e buscam estabelecer um Estado na região.
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