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Tragédia

- Publicada em 02 de Novembro de 2015 às 16:16

Companhia aérea rejeita falha técnica

Acidente ocorrido no sábado causou a morte de 224 pessoas

Acidente ocorrido no sábado causou a morte de 224 pessoas


KHALED DESOUKI/AFP/JC
Representantes da companhia aérea russa MetroJet rejeitaram, em uma coletiva de imprensa concedida ontem, a hipótese de que uma falha técnica tenha causado o acidente que matou 224 pessoas no Egito, no sábado. Segundo um dos vice-diretores da empresa, Alexander Smirnov, a queda só pode ter sido causada por "um impacto mecânico" externo. "O avião estava em perfeitas condições. Nós descartamos falhas técnicas ou erros da tripulação. A única explicação possível pode ser um impacto externo no avião", acrescentou.
Representantes da companhia aérea russa MetroJet rejeitaram, em uma coletiva de imprensa concedida ontem, a hipótese de que uma falha técnica tenha causado o acidente que matou 224 pessoas no Egito, no sábado. Segundo um dos vice-diretores da empresa, Alexander Smirnov, a queda só pode ter sido causada por "um impacto mecânico" externo. "O avião estava em perfeitas condições. Nós descartamos falhas técnicas ou erros da tripulação. A única explicação possível pode ser um impacto externo no avião", acrescentou.
No entanto, para o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, ainda não foram recolhidas informações suficientes para descartar qualquer hipótese. "A investigação só está começando. Temos que esperar ao menos os primeiros resultados." 
No domingo, autoridades russas afirmaram que a aeronave provavelmente despedaçou-se durante o voo, em elevada altitude, espalhando destroços sobre uma área de cerca de 20 quilômetros quadrados. A desintegração de um avião, em altitude de cruzeiro, é rara se não for associada a algum outro evento - explosão, por exemplo. As caixas-pretas de dados e de voz, que podem solucionar as causas do acidente, ainda estão sendo analisadas.
A ala egípcia do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou, no Twitter, a autoria do atentado ao avião, que caiu na Península do Sinai, no Leste do Egito. "Os soldados do Califado conseguiram abater um avião russo na província do Sinai transportando mais de 220 cruzados que foram mortos", disse o EI em comunicado nas redes sociais, indicando ter agido como represália à intervenção russa na Síria.
Os restos mortais de parte das vítimas do acidente da MetroJet chegaram na madrugada de ontem a São Petersburgo, na Rússia, onde serão identificados por uma equipe forense. Segundo a agência Tass, ao menos 144 corpos foram repatriados. O avião decolou às 5h51min no horário do Cairo (1h51min no horário de Brasília), com boa condição climática, e sumiu dos radares após 23 minutos, quando voava a 9.400 metros de altura.

Egito diz que EI não tem poder de fogo para derrubar avião em voo de cruzeiro

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que as investigações sobre a queda do avisão russo da MetroJet podem durar meses. "É preciso deixar os especialistas trabalharem e não definir as causas da queda do avião, porque isso ainda está sendo investigado", declarou.
Para o primeiro-ministro Ismail Sharif, os insurgentes ligados ao EI, que têm no Sinai seu principal reduto no país, não possuiriam armamento capaz de atingir um avião a 9 mil metros de altitude. Boa parte dos especialistas citados na mídia também destacou que os foguetes terra-ar que se sabe haver nos arsenais dos extremistas do Sinai atingem entre metade e dois terços da altitude em que voava a aeronave.
Enquanto a análise das caixas-pretas não é concluída, porém, não se excluem as hipóteses de que uma bomba possa ter explodido a bordo ou que o avião possa ter sido atingido enquanto descia, por razões técnicas ou não, por um míssil ou um foguete disparado do solo. A aeronave, construída em 1997, já teve a cauda reparada em 2001 após um acidente. Voando há 18 anos, o avião era um dos modelos mais antigos em serviço, mas o período não era considerado excessivo. A aeronave acumulava 56 mil horas de voo em cerca de 21 mil viagens.