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Geral

- Publicada em 25 de Novembro de 2015 às 22:40

Falta de recursos atrasa políticas públicas de reciclagem

Aterros sanitários ainda são utilizados por 399 municípios no Estado

Aterros sanitários ainda são utilizados por 399 municípios no Estado


ANTONIO PAZ/JC
Suzy Scarton
A cinco dias da Convenção das Nações Unidas sobre o Clima (COP 21), em Paris, que pretende alcançar um acordo entre representantes de diversos países para frear o aquecimento global e impedir que a temperatura suba mais de dois graus Celsius até o final do século, Porto Alegre discutiu os planos municipais, estaduais e nacional para gestão de resíduos sólidos no 6º Congresso de Gestão Ambiental, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais (Ibeas) e realizado no Centro Universitário Metodista IPA.
A cinco dias da Convenção das Nações Unidas sobre o Clima (COP 21), em Paris, que pretende alcançar um acordo entre representantes de diversos países para frear o aquecimento global e impedir que a temperatura suba mais de dois graus Celsius até o final do século, Porto Alegre discutiu os planos municipais, estaduais e nacional para gestão de resíduos sólidos no 6º Congresso de Gestão Ambiental, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais (Ibeas) e realizado no Centro Universitário Metodista IPA.
No Rio Grande do Sul, 399 municípios encaminham seus resíduos sólidos para descarte final em aterros sanitários, 97 fazem o descarte em aterros controlados (categoria intermediária entre lixão e aterro sanitário, com cobertura de grama e argila), e apenas um ainda utilizada lixões para despejar seus resíduos. No total, 74% cidades dependem de 11 aterros sanitários compartilhados, geridos tanto pelo poder público quanto pelo privado. O Estado conta com 60 unidades de disposição de resíduos sólidos urbanos. Destas, somente 19 são consideradas adequadas.
Em todo o Rio Grande do Sul, somente o aterro de Minas do Leão tem capacidade de absorver a quantidade de lixo produzida pela Capital, onde são recolhidas, diariamente, 2 mil toneladas de resíduos. Destes, somente 100 toneladas são de recicláveis. O diretor-geral do Departamento Municipal de Lixo Urbano (DMLU), André Carús, ressalta que a ausência de separação nas próprias residências dificulta o trabalho final e o encaminhamento dos resíduos para as unidades de triagem encarregadas da reciclagem. “Além da fiscalização, estamos aplicando multas e punições mais severas”, contou o diretor. A ideia é resguardar a parte da população que já está ciente da importância da separação de lixo e estimular aqueles que ainda não o fazem.
Durante o congresso, Carús detalhou o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos da Capital, apresentando em novembro de 2014. “Dentro das 46 ações previstas no plano, 60% já foram implementadas ou estão em execução. As que ainda não começaram dependem umas das outras para iniciar ou de órgãos externos ao DMLU, como a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de Urbanismo. O que acaba dificultando é a falta de recursos, nosso cobertor ainda é insuficiente”, comentou. Carús também ressaltou a gravidade da conexão entre as condições climáticas e os resíduos encaminhados de forma inadequada. “Quando não tem um destino final, seja para aterros ou para outras centrais, gera um efeito muito forte na geração de gases de efeito estufa na atmosfera. Na medida que tivermos políticas públicas que reduzam essas emissões de gases, podemos minimizar os efeitos na poluição atmosférica.”
Carús ressaltou a importância da Marcha Gaúcha pelo Clima, que ocorre no próximo domingo, a partir das 11h, no Parque da Redenção. O diretor-geral concorda com a colocação do norte-americano Marc Weiss, CEO do Global Urban Development, de que ainda existe uma cultura que crê que a sustentabilidade não é lucrativa. “Gera renda e oportunidades principalmente para as pessoas que mais precisam, com dificuldades sociais mais elevadas. Aqui em Porto Alegre, por exemplo, as políticas públicas existentes são voltadas aos galpões de reciclagem”, explicou. Para ele, falta um entendimento maduro de quais tecnologias poderiam servir. “Como ainda há pouco esclarecimento sobre isso, perdemos até investimento de empresas. Falta estudo e aprofundamento sobre a questão”, ponderou.
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