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Geral

- Publicada em 17 de Novembro de 2015 às 22:23

Finalidade do ensino escolar precisa ser pensada

Munhoz diz que escola precisa dar também proteção aos alunos

Munhoz diz que escola precisa dar também proteção aos alunos


MARCO QUINTANA/JC
Jessica Gustafson
Educação escolar para quê? Esse foi o questionamento inicial de Ocimar Alavarse Munhoz, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), durante palestra ontem na Capital. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed), abordou os desafios da educação integral. Para o educador, responder a pergunta deve ser uma das motivações dos professores no intuito de justificar as finalidades de um ensino que é obrigatório até os 17 anos.
Educação escolar para quê? Esse foi o questionamento inicial de Ocimar Alavarse Munhoz, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), durante palestra ontem na Capital. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed), abordou os desafios da educação integral. Para o educador, responder a pergunta deve ser uma das motivações dos professores no intuito de justificar as finalidades de um ensino que é obrigatório até os 17 anos.
Conforme o professor, as respostas variam dependendo do contexto. Segundo ele, existe a possibilidade de a escola ser um local para impor a ideia de nação ou de país entre os indivíduos, como também impor uma língua. Outro motivo, a escola seria o local em que as pessoas aprendem o que não aprenderiam se não estivessem nela. O aprendizado, entretanto, precisa ser para todos, não apenas em relação a oportunidades, mas também no que se refere aos resultados. Aí entra o desafio dos investimentos.
Mas os dilemas que cercam o aumento da carga horária escolar não se limitam a recursos. Todo o modelo educacional que segue a antiga ideia de seriação precisa ser repensado. "Esse modelo, iniciado no século XVII, é uma forma de organização, dividindo os alunos em anos e separando as disciplinas. Também é hierarquizado, com os alunos observando os professores. As divisões do tempo e das disciplinas devem ser repensadas, pois a escola escolhe o que é conhecimento e por quantas horas ele será ensinado. Essa escola seriada aposta na avaliação com o intuito de aprovar e reprovar", diz.
Para Munhoz, a ideia de educação integral tem três questões que merecem atenção: o tempo, o espaço e o currículo. O aumento da jornada diária deve ser um facilitador para que outros locais sejam conhecidos, pois muitos ambientes fora da escola são também fontes de conhecimento legítimo.
No currículo, é preciso questionar o que deve ser trabalhado, pois mais conteúdos podem ser abordados, mas isso demanda planejamento. "Nós, professores, somos chamados para desenvolver outra escola e estamos fazendo uma coisa que nunca fizemos. Não temos experiência. Precisamos encontrar o sentido disso. Essa escola precisa dar proteção aos alunos de forças sociais ameaçadoras, como a violência e o trabalho infantil, para que este se torne um espaço de desenvolvimento da criatividade e conhecimento", completa.
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