Bruna Oliveira

Os preços variam de R$ 8,90 a R$ 15,90, em dois tamanhos de caixas, de 400g e 700g

Comida brasileira em caixinhas vira opção de telentregas em Porto Alegre

Bruna Oliveira

Os preços variam de R$ 8,90 a R$ 15,90, em dois tamanhos de caixas, de 400g e 700g

Passar pelo número 1200 da rua Santana, em Porto Alegre, e ver um japonês vendendo comida brasileira pode parecer curioso. Ainda mais quando se descobre que os pratos vêm servidos em caixinhas, hábito de consumo tipicamente oriental (popularizado no Brasil pelo China in Box). Essa mistura de culturas dá personalidade à unidade gaúcha da Brasileirinho Delivery, que apesar do recipiente que remete à fast food, vende uma comida de gosto caseiro, quentinha e, o melhor, com preço em conta. 
Passar pelo número 1200 da rua Santana, em Porto Alegre, e ver um japonês vendendo comida brasileira pode parecer curioso. Ainda mais quando se descobre que os pratos vêm servidos em caixinhas, hábito de consumo tipicamente oriental (popularizado no Brasil pelo China in Box). Essa mistura de culturas dá personalidade à unidade gaúcha da Brasileirinho Delivery, que apesar do recipiente que remete à fast food, vende uma comida de gosto caseiro, quentinha e, o melhor, com preço em conta. 
A proposta da rede, além vender comida para ser servida de forma prática e entregue no local desejado pelo sistema de telentrega, é justamente oferecer baixo custo. Por isso, os preços variam de R$ 8,90 a R$ 15,90, em dois tamanhos de caixas, de 400g e 700g. Com foco na comida brasileira, a marca tenta agregar regionalismo nos mais de 20 pratos do cardápio, em opções que vão de galinhada a baião de dois e feijoada.
De família de espírito empreendedor, Alan Okajima, 29 anos, se juntou ao irmão, Eric Okajima, 33, para investir na franquia - até então inédita em Porto Alegre. A loja é recente, em funcionamento há pouco mais de quatro meses.
“Neste momento de crise, por um lado, nós somos beneficiados na questão do baixo custo. Uma pessoa que almoçava todos os dias em restaurante, que subiu o preço e está cobrando R$ 20, agora consegue comprar uma caixinha pela metade do preço e se alimentar bem”, pontua Alan.
A parceria entre os irmãos é antiga. Antes de migrarem para o setor da gastronomia, a dupla era sócia em uma empresa da construção civil, na zona Sul de Porto Alegre. A mudança de ramo, explica Alan, não foi definitiva. “Onde há oportunidade, a gente corre atrás”, diz.
A escolha pelo reposicionamento no mercado significou uma mudança de estratégia. Optando por investir onde seria mais propício no atual momento econômico, a oportunidade encontrada pelos irmãos foi a de se inserir justamente em um mercado de consumidores que viu o seu poder de compra diminuir e que hoje busca opções mais baratas. Foi aí que o Brasileirinho virou uma aposta.
Desde que começou a operar, em 2013, a franqueadora de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, tem se espalhado pelo País. O fato de ser uma franquia nacional, sobretudo paulista, no entanto, explica o uso de ingredientes como o feijão carioca, de consumo não tão frequente no Sul, mas que no Brasileirinho está presente nas opções de arroz carreteiro, por exemplo.
A miscigenação culinária fica ainda mais curiosa quando Alan conta que, na verdade, o pedido de mais saída na loja porto-alegrense é o talharim à bolonhesa. Variedades à parte, ele frisa que a preocupação da loja é, além de vender comida de qualidade, atender ao público trabalhador, que nem sempre tem tempo para deslocamentos no horário do almoço.
“A ideia é servir comida do nosso dia a dia num formato prático, para que as pessoas possam comer onde estiverem, seja no escritório, dentro do carro, no trabalho, mas que possam comer com rapidez, qualidade e higiene”, diz.
Aberta de segunda à sexta-feira, somente durante o almoço, a franquia serve uma média de 130 a 150 refeições por dia. Quatro funcionários, três na cozinha e um no atendimento, dão conta do serviço. Como o negócio tem dado certo, a ideia dos irmãos Okajima é de, futuramente, expandir o negócio para mais pontos e, quem sabe, em mais horários de atendimento.
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