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Economia

- Publicada em 30 de Novembro de 2015 às 22:40

Para Jorge Gerdau, "falta propósito" ao Brasil

Empresário palestrou ontem durante Colóquio do Fórum da Liberdade

Empresário palestrou ontem durante Colóquio do Fórum da Liberdade


ANTONIO PAZ/JC
O maior desafio que o Brasil enfrenta é a falta de clareza em seus propósitos. Foi o que defendeu o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, ontem, no Colóquio da Liberdade, na Capital. “A definição dos rumos, de onde queremos chegar, simplesmente não existe”, afirmou Johannpeter durante evento do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) que se propôs a discutir se os problemas enfrentados pelo Brasil são culturais. Conhecido pela defesa da qualidade nos processos produtivos, o empresário reafirmou que a competitividade mundial exige maior competência da gestão pública.
O maior desafio que o Brasil enfrenta é a falta de clareza em seus propósitos. Foi o que defendeu o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, ontem, no Colóquio da Liberdade, na Capital. “A definição dos rumos, de onde queremos chegar, simplesmente não existe”, afirmou Johannpeter durante evento do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) que se propôs a discutir se os problemas enfrentados pelo Brasil são culturais. Conhecido pela defesa da qualidade nos processos produtivos, o empresário reafirmou que a competitividade mundial exige maior competência da gestão pública.
“O modelo que temos hoje, com mais de 30 ministérios, vários partidos... É uma estrutura feita para não funcionar, que cria uma situação calamitosa, de absoluta improvisação”, adicionou o presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, que ainda saudou o fato de que, com a crise econômica, essa discussão se tornou pública. Johannpeter, porém, resgatou a crise econômica do estado norte-americano da Califórnia, o mais rico daquele país, para aludir ao fato de que, em todo o mundo, os governos não cabem em seu orçamento.
Ainda sobre o Brasil, o empresário defendeu que o País não cresce ao ritmo que poderia pela falta de criação de poupança e, consequentemente, falta de investimentos. “O que traz o crescimento são os investimentos, e o governo não investe, ou investe pouquíssimo”, disparou. Johannpeter usou a logística como exemplo para a sua afirmação. Segundo ele, enquanto o gargalo logístico demandaria investimentos mínimos de R$ 660 bilhões para atingir um patamar aceitável, o Ministério dos Transportes teria aportado pouco mais de 1% desse montante nos últimos anos.
Por fim, Johannpeter ainda defendeu que a única chance de acontecerem mudanças nesse cenário depende da mobilização da sociedade civil, inclusive dentro da esfera política. A opinião foi compartilhada pelo cientista político Bruno Garschagen, que criticou o que classificou como uma recusa do brasileiro a participar da vida em comunidade. Garschagen citou os exemplos dos pequenos quóruns em reuniões de condomínio e das delegações de problemas pelas empresas a assistências técnicas para afirmar que o brasileiro sempre passa a responsabilidade a terceiros. “Quanto maior a participação política, mais qualitativa ela será”, afirmou.
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