Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 27 de Novembro de 2015 às 18:27

Câmbio muda hábito de turistas brasileiros

Alta do dólar deve reduzir o volume de compras durante os passeios

Alta do dólar deve reduzir o volume de compras durante os passeios


TIMOTHY A. CLARY/AFP/JC
Guilherme Daroit
A desvalorização do real ainda tira o sono de parte considerável dos turistas brasileiros: aqueles que compraram suas passagens com antecedência, contando com uma taxa bem melhor do que a que encontrarão agora que a data de embarque se aproxima. Porém, não há motivo para desespero. Trocar moeda estrangeira por partes, substituir a hospedagem, cozinhar em casa e, principalmente, controlar as compras são as dicas para quem precisa driblar a mudança nos planos.
A desvalorização do real ainda tira o sono de parte considerável dos turistas brasileiros: aqueles que compraram suas passagens com antecedência, contando com uma taxa bem melhor do que a que encontrarão agora que a data de embarque se aproxima. Porém, não há motivo para desespero. Trocar moeda estrangeira por partes, substituir a hospedagem, cozinhar em casa e, principalmente, controlar as compras são as dicas para quem precisa driblar a mudança nos planos.
O impacto da alta nas taxas de câmbio nos gastos de turistas brasileiros é visível. No mês passado, segundo o Banco Central, os brasileiros deixaram US$ 1,002 bilhão no exterior, montante 52,67% menor do que em outubro de 2014. No ano, até aqui, a redução é de 30,21%. "Com o câmbio muito instável, as pessoas ficaram um pouco inseguras, mas agora, já acostumadas com o dólar em torno de R$ 4,00, estão voltando a se programar", comenta o presidente da seccional gaúcha da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav-RS), João Augusto Machado. Um dos motivos é que, com a queda na demanda, as passagens aéreas estão mais baratas, com trechos até 60% mais em conta.
Para quem comprou a passagem com antecedência, porém, a situação não ajuda a equilibrar as contas. Machado conta que há pacotes vendidos até um ano antes do embarque, principalmente os de pagamento parcelado. Nesse caso, a principal dica é repensar as compras no destino. "O turista vai se adequar, reduzir um pouco o padrão do hotel, passar no supermercado e cozinhar. O que vai mudar muito é a questão de compra, que é um gasto extra", comenta. "Principalmente nos Estados Unidos, que é destino para compras, muita coisa se comprava de impulso. Agora, você tem que parar e pensar, será que eu preciso dessa camisa mesmo?", sugere.
A dica é a mesma do CEO da empresa Temporada em Orlando, Wendel Ferrari. "Você vê uma camisa por US$ 5,00, pega 10 peças da mesma cor, aí volta e pensa 'por que fiz isso?', compra e nem usa", comenta Ferrari, cuja empresa oferece pacotes para a cidade norte-americana. O empresário lista o aluguel de casas em condomínios fechados como alternativa aos hotéis para quem viaja em grupo. "Há casas de três dormitórios, para até 8 pessoas, com piscina privativa, a US$ 135,00 a diária, que é o preço para uma pessoa em um hotel de mesmo padrão", afirma Ferrari, que sugere, também, a procura por passeios gratuitos, fora do roteiro turístico tradicional.
A economia pode começar a ser feita ainda antes do embarque. Outro tradicional dilema para os turistas, a compra da moeda estrangeira também tem suas estratégias. Nada de ficar esperando por uma queda na taxa, que pode nunca chegar: o melhor caminho, segundo o diretor da rede de casas de câmbio Cotação, Alexandre Fialho, seria fazer a troca por partes.
"Se os especialistas têm dificuldade de projetar a cotação do mês seguinte, imagina os viajantes. O ideal é dividir a compra, um pouco por semana, por exemplo. No fim, talvez não tenha a melhor taxa, mas certamente não será a pior", comenta Fialho. Para quem irá a países menos tradicionais, o ideal é já fazer a troca no Brasil pela moeda do local de destino, evitando ter de fazer uma nova troca, com mais taxas, ao desembarcar.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO