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Economia

- Publicada em 27 de Novembro de 2015 às 17:10

Pedidos de recuperação judicial crescem no Brasil

Solicitações estão 44,7% maiores em 2015, diz Gabriele Chimelo

Solicitações estão 44,7% maiores em 2015, diz Gabriele Chimelo


ANTONIO PAZ/JC
Os problemas enfrentados pela economia têm refletido na saúde das companhias brasileiras, ressalta a sócia e coordenadora jurídica da área de recuperação de empresas da Scalzilli.fmv Advogados & Associados, Gabriele Chimelo. Uma prova é que o número de recuperações judiciais requisitadas entre janeiro e setembro de 2015 foi 44,7% superior ao mesmo período de 2014 (913 pedidos contra 613). O apontamento é da Serasa Experian.
Os problemas enfrentados pela economia têm refletido na saúde das companhias brasileiras, ressalta a sócia e coordenadora jurídica da área de recuperação de empresas da Scalzilli.fmv Advogados & Associados, Gabriele Chimelo. Uma prova é que o número de recuperações judiciais requisitadas entre janeiro e setembro de 2015 foi 44,7% superior ao mesmo período de 2014 (913 pedidos contra 613). O apontamento é da Serasa Experian.
Nas grandes empresas, as solicitações passaram de 103 entre janeiro e setembro de 2014 para 170 no mesmo período de 2015, um aumento de 65%. Apenas nos primeiros nove meses do ano, foram verificados 1.326 pedidos de falências.
Gabriele argumenta que a recuperação judicial, apesar de ser vista com certo receio, começou a ser menos temida quando companhias de maior porte passaram a adotar esse caminho. No entanto, ressalta que a recuperação judicial não pode ser considerada como uma solução mágica e, às vezes, não é a melhor alternativa. É preciso analisar o perfil da companhia e da dívida, para decidir se não é preferível uma renegociação com os credores, readequação financeira ou modificação na gestão.
Gabriele cita entre as vantagens da iniciativa os efeitos imediatos que desencadeia como, por exemplo, a suspensão temporária da execução de várias dívidas. Há exceções, como é o caso das relacionadas às questões fiscais, alienação fiduciária e adiantamentos sobre contratos de câmbio. Porém, entre os ônus está a exposição da empresa, com impactos à imagem da companhia que, normalmente, causam empecilhos para obtenção de crédito ou formação de parcerias com novos fornecedores.
"O empresário tem muito medo da recuperação judicial, se não for o último suspiro, ele não entra", diz Gabriele. A advogada acrescenta que, conforme pesquisa da Serasa Experian, 99% dos grupos que entram em recuperação judicial acabam falindo. Entretanto, ela diz que, pela sua experiência, cerca de 80% das companhias conseguem retomar as atividades.
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