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Economia

- Publicada em 17 de Novembro de 2015 às 18:48

PIBs de 2012 e 2013 ficam maiores após revisão

Renda melhor e acesso ao crédito impulsionaram gastos das famílias

Renda melhor e acesso ao crédito impulsionaram gastos das famílias


joão mattos/jc
A divulgação dos dados definitivos para as Contas Nacionais de 2012 e 2013 pelo IBGE, ontem, mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro destes dois anos foi revisado para cima, mostrando um Brasil que ainda crescia, puxado pelo aumento do consumo das famílias, que estavam sob efeito da oferta de crédito e do aumento da renda. Em 2012, o PIB foi revisado de 1,8% para 1,9% e somou R$ 4,8 trilhões. A revisão de 2013 foi mais acentuada, de 2,7% para 3%, com o PIB chegando a R$ 5,3 trilhões. O valor adicional bruto cresceu 1,6%, em 2012, e 2,9% em 2013. O PIB per capita dos anos ficou R$ 24.121,00, em 2012, e
A divulgação dos dados definitivos para as Contas Nacionais de 2012 e 2013 pelo IBGE, ontem, mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro destes dois anos foi revisado para cima, mostrando um Brasil que ainda crescia, puxado pelo aumento do consumo das famílias, que estavam sob efeito da oferta de crédito e do aumento da renda. Em 2012, o PIB foi revisado de 1,8% para 1,9% e somou R$ 4,8 trilhões. A revisão de 2013 foi mais acentuada, de 2,7% para 3%, com o PIB chegando a R$ 5,3 trilhões. O valor adicional bruto cresceu 1,6%, em 2012, e 2,9% em 2013. O PIB per capita dos anos ficou R$ 24.121,00, em 2012, e
R$ 26.445,00 em 2013.
"Essa alta é reflexo do impacto do crescimento do consumo das famílias, da despesa de consumo delas. Até 2013, nós tínhamos famílias com rendimento do trabalho ainda em crescimento e acesso a crédito", explicou o gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Cristiano Martins.
O IBGE tem até dois anos de defasagem para divulgar os dados definitivos da economia brasileira. Esse prazo está relacionado à realização de pesquisas nacionais sobre comércio, serviços e indústria, entre outras, que após as suas divulgações passam a ser incorporadas aos cálculos do PIB.
Pela ótica da despesa, que mostra como o PIB se relaciona com a evolução do consumo, do investimento e do saldo externo de bens e serviços, o volume das despesas de consumo final aumentou nos dois anos. Isso porque as despesas de consumo das famílias cresceram 3,5%, em 2012, e 3,6%, em 2013, em razão do aumento dos rendimentos do trabalho e de condições favoráveis de acesso ao crédito. As despesas de consumo do governo avançaram 2,3%, em 2012, e 1,5% em 2013.
A formação bruta de capital fixo (FBCF), que são os investimentos em ativos fixos - como máquinas e equipamentos para produzir outros bens -, somou R$ 995,6 bilhões, em 2012, e R$ 1,1 trilhão, em 2013, resultando em taxas de investimento (FBCF/PIB) de 20,7% e 20,9%, respectivamente. O crescimento em volume da FBCF foi de 0,8%, em 2012, e de 5,8% em 2013.
Pela ótica da oferta, que mostra a contribuição das atividades para o valor adicionado bruto (VAB), o VAB aumentou 2,9%, em 2013, com altas de 8,4% na agropecuária, 2,2% na indústria e 2,8% nos serviços. O crescimento da agropecuária concentrou-se na agricultura e é explicado principalmente pelo aumento nos volumes produzidos de soja (26,1%), cana-de-açúcar (6,7%) e milho (15,0%). No conjunto da indústria, a de transformação cresceu 3%, mas a extrativa recuou -3%, decorrente das quedas nas atividades extração de petróleo (-3,2%) e minério de ferro (-5%). Nos serviços, destacaram-se serviços de informação (4%) e atividades imobiliárias (4,8%), que seguiu o ritmo da construção civil, que cresceu 3,2%, em 2012, e 4,5% em 2013.
Já o crescimento de 1,6% do VAB, em 2012, resulta de alta de 2,9% no VAB dos serviços, contrabalançado por quedas de 3,1% na agropecuária e de 0,7% na indústria. Na agropecuária, tanto a agricultura (-5,3%) quanto a pecuária (-1,2%) apresentaram desempenho negativo. No conjunto da indústria, a extrativa (-2,1%) e a de transformação (-2,4%) caíram. A extrativa foi afetada principalmente pelo decréscimo do VAB da extração de petróleo e gás (-3,1%), enquanto que, na indústria de transformação, os resultados negativos foram mais espalhados, com queda em 22 das 30 atividades. Nos serviços, houve crescimento na maioria das atividades, especialmente em serviços de informação (7%) e atividades imobiliárias (5,2%).
Sob a ótica da renda, o acréscimo da formalização do emprego marca o desempenho do mercado de trabalho no período. De 2012 a 2013, as ocupações com carteira de trabalho variaram 3,9%, enquanto que as ocupações sem carteira e os autônomos variaram -3,2% e 0,2%. As indústrias extrativa e de transformação mostraram aumento das ocupações com vínculo e queda das ocupações sem carteira. Já as atividades imobiliárias tiveram incremento em todas as categorias de emprego.
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