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Economia

- Publicada em 17 de Novembro de 2015 às 22:07

MPC construirá usina de biomassa em Itaqui

Integrantes da empresa se reuniram na manhã de ontem com o governador Sartori

Integrantes da empresa se reuniram na manhã de ontem com o governador Sartori


FREDY VIEIRA/JC
Jefferson Klein
Em épocas de dificuldades econômicas, novos empreendimentos sempre devem ser saudados, principalmente quando vêm para amenizar problemas em duas áreas relevantes: a energética e a ambiental. Esse é o caso do projeto da MPC Bioenergia Brasil (empresa controlada pelo grupo alemão MPC), que investirá aproximadamente R$ 200 milhões em uma térmica que será abastecida a partir da casca de arroz em Itaqui.
Em épocas de dificuldades econômicas, novos empreendimentos sempre devem ser saudados, principalmente quando vêm para amenizar problemas em duas áreas relevantes: a energética e a ambiental. Esse é o caso do projeto da MPC Bioenergia Brasil (empresa controlada pelo grupo alemão MPC), que investirá aproximadamente R$ 200 milhões em uma térmica que será abastecida a partir da casca de arroz em Itaqui.
O diretor executivo da MPC Bioenergia Brasil, Albert Ramcke, salienta que, além da produção de energia, a estrutura servirá para dar uma destinação ambientalmente correta a um importante resíduo agrícola. O complexo também processará o material resultante da queima, a cinza da casca de arroz, para extrair sílica. Esse material pode ser utilizado nas cadeias produtivas de borracha, concreto, entre outros aproveitamentos.
O início da construção da usina acontecerá no primeiro trimestre de 2016, e a expectativa é de que a conclusão ocorra em, no máximo, dois anos. No período de implantação, deverão ser criados, no pico das obras, de 300 a 350 empregos. A termelétrica terá uma capacidade instalada de 18 MW (em torno de 0,5% da demanda média de eletricidade do Rio Grande do Sul) e absorverá cerca de 140 mil toneladas de casca de arroz ao ano. Ramcke adianta que parte da energia gerada será usada no processamento das cinzas, e o restante será comercializado no mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a eletricidade). De acordo com o executivo, a escolha por Itaqui foi por causa da grande produção de arroz na região. A companhia já conta com parcerias com os engenhos locais para receber a casca. O projeto possui licença ambiental de instalação e tentará habilitar-se aos recursos dos créditos de carbono.
Essa não é a primeira experiência que a MPC Bioenergia Brasil desenvolve com a geração de energia a partir da casca de arroz no Rio Grande do Sul. A empresa inaugurou, em 2012, uma usina que utiliza esse combustível, com capacidade instalada de cerca de 12 MW e consumo de 100 mil toneladas de biomassa ao ano, no município de São Borja. Esse empreendimento recebeu um aporte de R$ 65 milhões e foi vendido no começo de 2015 para o grupo paulista Iguaçu.
Na ocasião da inauguração do complexo são-borjense, a MPC havia revelado que pretendia realizar outros projetos similares em Itaqui e Pelotas. Ramcke admite que a ideia era ter começado as iniciativas antes. No entanto, era necessário, primeiramente, resolver a questão dos resíduos das cinzas. A companhia mantém a intenção de implementar uma térmica em Pelotas, porém o foco atual é finalizar a estrutura de Itaqui. O dirigente e outros integrantes da MPC estiveram ontem no Palácio Piratini anunciando o novo investimento ao governador José Ivo Sartori.
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